1- Depois da independência, muitos problemas surgiram. Algumas províncias, que eram favoráveis às cortes de Lisboa, recusaram-se a aceitar ordens que vinham do Rio de Janeiro, que era onde governava dom Pedro. Quais províncias mantiveram-se fiéis a Portugal?
2- Para que um país se torne politicamente independente, é necessário que exista um reconhecimento diplomático por parte de outros países. Desse modo ele pode continuar a fazer negócios externos e manter sua economia em funcionamento. No caso do Brasil, portanto esse precisaria do reconhecimento de quem?
3- Para organizar o governo, era necessário elaborar uma Constituição. A Assembléia Constituinte, convocada por dom Pedro em junho de 1822, só iniciou os trabalhos em maio de 1823. Diante das divergências políticas a Assembleia foi dissolvida, então veio a primeira Constituição do Brasil. Quando esta foi outorgada?
4- A dissolução da Assembleia Constituinte de 1823 e a outorga de uma Constituição em 1824, que impunha a centralização do poder nas mãos do imperador chegaram a desagradar muitos da elite das províncias, e desse fato houve em Pernambuco uma manifestação. Como ficou conhecido esse movimento e que objetivo tinha?
Respostas
respostas no texto abaixo:
09.01.1822 - É tornado público o Termo de Vereação do Senado [da Câmara Municipal] da cidade do Rio de Janeiro, onde o príncipe regente D. Pedro de Alcântara declara ficar no Brasil. "Como é para o bem de todos, e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico. Agora só tenho a recomendar-vos união e tranqüilidade". Com este gesto de desobediência às Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, a separação do Brasil de Portugal está informalmente realizada e tem início o império brasileiro. Seguindo um costume português, as câmara municipais de algumas cidades mais importantes eram conhecidas como Senado ou Senado da Câmara.
12.01.1822 - No Rio de Janeiro, é sufocada a reação das tropas portuguesas acantonadas naquela localidade, as quais estavam de prontidão, constante e hostil, em frente ao Palácio Real, ao comando do governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro, tenente-general Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares. Com suas tropas isoladas, o tenente-general Jorge de Avilez demite-se do governo das armas e, com receio de um ataque das tropas brasileiras, recua para a região da Praia Grande, em Niterói, onde se fortificou e de onde, com suas tropas, é expulso do Brasil. A divisão portuguesa embarca em fevereiro e chega em Lisboa em maio.
16.01.1822 - No Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva (SP) encabeça o primeiro gabinete ministerial formado por brasileiros. Assume a Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros e a chefia política do movimento para a consolidação da regência de D. Pedro de Alcântara, opondo-se às medidas recolonizadoras das Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa. No dia 4 de julho desse mesmo ano, toma posse na Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda Martim Francisco Ribeiro de Andrada (RJ), irmão de José de Bonifácio.
13.05.1822 - É público o Termo de Vereação do Senado [da Câmara Municipal] da cidade do Rio de Janeiro, onde consta que o príncipe regente D. Pedro de Alcântara aceita o título de Defensor Perpétuo do Brasil.
16.02.1822 - No Brasil, o príncipe regente D. Pedro de Alcântara expede decreto que cria o Conselho de Procuradores-Gerais das Províncias do Brasil para representar estas na Corte do Rio de Janeiro e assessorar o príncipe regente nas questões dos negócios públicos. É instalado no dia 2 de junho de 1822. A medida não agrada a opinião pública. Não se contentam os brasileiros com um simples corpo consultivo. Os próprios procuradores, e com eles as câmaras municipais, irão reclamar uma futura constituinte luso-brasileira.