O que motivou os palestinos a realizarem o atentado terrorista nas Olimpíadas de Munique em 5 de setembro de 1972.
Respostas
Explicação:
O plano do Setembro Negro era sequestrar alguns dos integrantes da delegação israelense dentro da Vila Olímpica de Munique e usá-los como moeda de troca para a libertação de mais de 200 presos palestinos das prisões de Israel. Além disso, na lista do Setembro Negro, ainda estavam dois membros da Fração do Exército Vermelho que deveriam ser libertados pelo governo alemão.
No dia 5 de setembro, os oito terroristas aproveitaram-se do fato de o esquema de segurança das Olimpíadas até aquele ano ser muito frágil e entraram na Vila Olímpica escalando a cerca de proteção, levando nas costas mochilas com rifles, pistolas e granadas. Eles chegaram até o apartamento onde se encontravam atletas e instrutores judeus e invadiram-no. Com a invasão, os terroristas tiveram que lidar com a reação de dois atletas lá presentes. Um deles era Yossef Romano, lutador e veterano da Guerra dos Seis Dias.
Romano e seu companheiro foram mortos no confronto. Três atletas conseguiram fugir, mas nove foram feitos reféns. Com as autoridades alemãs tomando ciência da situação, os membros do Setembro Negro passaram a fazer as exigências apontadas acima. Todavia, após muita discussão, os alemães decidiram não acatar as reivindicações. Então os terroristas mudaram de estratégia.
Desfecho trágico
Com a negativa das autoridades alemãs, os membros do Setembro Negro passaram a exigir um helicóptero que teria a função de retirar todos (terroristas e reféns) da Vila Olímpica e transportá-los para a Base Aérea de Fürstenfeldbruck, na Baviera. Nessa base aérea um avião deveria estar a postos para decolar em direção à cidade do Cairo, no Egito.
As novas exigências foram acatadas. O helicóptero foi disponibilizado e todos foram transportados para Fürstenfeldbruck. Entretanto, quando o helicóptero chegou na base, agentes alemães já haviam montado uma emboscada para os terroristas, escondendo-se no avião a fim de surpreendê-los quando fosse feita a inspeção. Dois dos terroristas desceram do helicóptero e foram inspecionar o avião escolhido. No entanto, um deles percebeu movimentações estranhas e deu início ao tiroteio. Os outros terroristas, ao perceberem a emboscada, acionaram as granadas, causando a morte de todos os que estavam no helicóptero.
No total, 17 pessoas morreram: seis treinadores e cinco atletas israelenses; cinco membros do Setembro Negro e um policial alemão.
Reação do Estado de Israel
Como resposta à ação do Setembro Negro, a então premiê de Israel, Golda Meir, autorizou o serviço secreto do país, a Mossad, a colocar em prática uma série de ações contraterroristas para caçar e eliminar as principais lideranças da referida organização terrorista. Essas ações ficaram conhecidas como Operação Cólera de Deus.