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Resposta:
A imprensa.
Explicação:
Pois estabeleceu um contato permanente e direto com os seus leitores.
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A Revolução Francesa constitui um importante marco histórico da transição do mundo para a idade contemporânea e para a sociedade capitalista baseada na economia de mercado. Aboliu a servidão e os direitos feudais em França e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité). A função da imprensa na difusão das notícias e dos reflexos da Revolução foi muito importante. Muito depressa em liberdade estritamente vigiada, a imprensa difundiu os acontecimentos da França nas zonas anexadas — da Bélgica ao Reno, como mais tarde nas repúblicas irmãs —, foi o coração do dispositivo pedagógico da Revolução conquistadora.
Em 1789 a imprensa começa a ter um papel cada vez maior nos acontecimentos políticos. Vários políticos importantes tornaram-se jornalistas, surgem grandes figuras do jornalismo como Marat, Hérbert, Mirabeau e Brissot que escrevem artigos revolucionários e incendiários. Lutaram activamente por aquilo que chamaram de “direitos naturais” dos cidadãos. Tratava-se sobretudo de uma luta contra a censura, ou seja, pela liberdade de imprensa. É a Revolução francesa que instala três grandes ideias que vão marcar toda a acção dos jornalistas nessa época. A primeira, é a de que o segredo é sempre detestável, é contra a revolução, a primeira ambição é a transparência nos assuntos públicos. È necessário que tudo se passe sob o olhar atento dos cidadãos. Em segundo lugar, a Revolução presta constantemente homenagem ao modelo da Antiguidade e ás formas de democracia que existiam nas cidades gregas ou em Roma. Está-se obcecado em reinventar uma democracia directa. A terceira ideia que rege o jornalismo em França durante a revolução é o facto de imprensa não constituir apenas um espelho da política mas também ser um actor central ao contribuir para dar aos acontecimentos um ritmo acelerado.
Como nunca aconteceu até hoje, a imprensa estabeleceu um contacto permanente e directo com os seus leitores. A publicação excessiva das ideias do público deve-se ao facto de nenhum dos jornais conseguir suportar as despesas dos correspondentes, os leitores compensavam esta falta tornando-se repórteres de ocasião. Descobriu-se que os jornais são os laços mais eficazes entre os representantes do povo e o próprio povo. Só a imprensa pode ter o lugar de interpretar o papel de intermediário permanente.
É por esta altura que se esclarece a distinção entre a noção de “espírito público” e a noção de “opinião pública”. Segundo Rousseau «a modernidade consiste em produzir uma cristalização desta opinião pública, que deixa de ser uma desordem de reacções dispersas e contraditórias e imediatamente toma um sentido.» Revela-se entre os jornalistas e escritores da época, um desejo de substituir uma opinião pública desorganizada confusa e indecisa, por uma opinião pública rectificada e consciente. A “opinião pública” já não é uma expressão neutra mas torna-se moralmente responsável e legitimada.
Nos primeiros meses da revolução a censura não é oficialmente suprimida. O último esforço do poder real é a suspensão de o diário de grande influência: Patriote français de Brissot, porém reaparece após a tomada da Bastilha. Mas é a partir da Assembleia de Notáveis que se dá uma verdadeira explosão de panfletos, folhetos, dissertações e outras publicações de todos os géneros. De 1789 a 1797 apareceram cerca de mil títulos. Alguns chegam até aos 15 000 exemplares. Perante esta situação o poder cedeu. O artigo 11º da Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão, aprovada pela assembleia constituinte em 26 de Agosto de 1789, estabeleceu a liberdade de imprensa: «A livre comunicação de pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; qualquer cidadão pode falar, escrever, imprimir livremente, sem prejuízo de responder por abuso desta liberdade nos casos determinados pela lei». Porém, este artigo é limitado pelo da «liberdade de empresa e profissão» e pela lei de Chapelier, que proibia todo o tipo de corporações. Ficou assim traçado o quadro jurídico da liberdade de imprensa num estado liberal.
ESPERO TER TE AJUDADO :)
BONS ESTUDOS
Em 1789 a imprensa começa a ter um papel cada vez maior nos acontecimentos políticos. Vários políticos importantes tornaram-se jornalistas, surgem grandes figuras do jornalismo como Marat, Hérbert, Mirabeau e Brissot que escrevem artigos revolucionários e incendiários. Lutaram activamente por aquilo que chamaram de “direitos naturais” dos cidadãos. Tratava-se sobretudo de uma luta contra a censura, ou seja, pela liberdade de imprensa. É a Revolução francesa que instala três grandes ideias que vão marcar toda a acção dos jornalistas nessa época. A primeira, é a de que o segredo é sempre detestável, é contra a revolução, a primeira ambição é a transparência nos assuntos públicos. È necessário que tudo se passe sob o olhar atento dos cidadãos. Em segundo lugar, a Revolução presta constantemente homenagem ao modelo da Antiguidade e ás formas de democracia que existiam nas cidades gregas ou em Roma. Está-se obcecado em reinventar uma democracia directa. A terceira ideia que rege o jornalismo em França durante a revolução é o facto de imprensa não constituir apenas um espelho da política mas também ser um actor central ao contribuir para dar aos acontecimentos um ritmo acelerado.
Como nunca aconteceu até hoje, a imprensa estabeleceu um contacto permanente e directo com os seus leitores. A publicação excessiva das ideias do público deve-se ao facto de nenhum dos jornais conseguir suportar as despesas dos correspondentes, os leitores compensavam esta falta tornando-se repórteres de ocasião. Descobriu-se que os jornais são os laços mais eficazes entre os representantes do povo e o próprio povo. Só a imprensa pode ter o lugar de interpretar o papel de intermediário permanente.
É por esta altura que se esclarece a distinção entre a noção de “espírito público” e a noção de “opinião pública”. Segundo Rousseau «a modernidade consiste em produzir uma cristalização desta opinião pública, que deixa de ser uma desordem de reacções dispersas e contraditórias e imediatamente toma um sentido.» Revela-se entre os jornalistas e escritores da época, um desejo de substituir uma opinião pública desorganizada confusa e indecisa, por uma opinião pública rectificada e consciente. A “opinião pública” já não é uma expressão neutra mas torna-se moralmente responsável e legitimada.
Nos primeiros meses da revolução a censura não é oficialmente suprimida. O último esforço do poder real é a suspensão de o diário de grande influência: Patriote français de Brissot, porém reaparece após a tomada da Bastilha. Mas é a partir da Assembleia de Notáveis que se dá uma verdadeira explosão de panfletos, folhetos, dissertações e outras publicações de todos os géneros. De 1789 a 1797 apareceram cerca de mil títulos. Alguns chegam até aos 15 000 exemplares. Perante esta situação o poder cedeu. O artigo 11º da Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão, aprovada pela assembleia constituinte em 26 de Agosto de 1789, estabeleceu a liberdade de imprensa: «A livre comunicação de pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; qualquer cidadão pode falar, escrever, imprimir livremente, sem prejuízo de responder por abuso desta liberdade nos casos determinados pela lei». Porém, este artigo é limitado pelo da «liberdade de empresa e profissão» e pela lei de Chapelier, que proibia todo o tipo de corporações. Ficou assim traçado o quadro jurídico da liberdade de imprensa num estado liberal.
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