O espelho da entrada
À entrada da mansão
havia um grande espelho muito antigo,
comprado pelo menos há mais de oitenta anos.
Um rapaz belíssimo, empregado de alfaiate
e nos domingos atleta diletante
estava ali com um pacote.
Deu-o a alguém da casa, que o levou para dentro
com o recibo. O empregado do alfaiate
ficou sozinho, à espera.
Acercou-se do espelho e mirou-se
para ajeitar a gravata. Após cinco minutos,
trouxeram-lhe o recibo e ele se foi.
Mas o antigo espelho, que vira e revira
nos seus longos anos de existência
coisas e rostos aos milhares;
mas o antigo espelho agora se alegrava
e exultava de haver mostrado sobre si
por um instante a beleza culminante.
In: José Paulo Paes. (Sel. E trad.). Poesia moderna da Grécia.
Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986.
Vocabulário:
Diletante: que exerce uma atividade como passatempo.
Exultava: sentia grande felicidade.
Culminante: no grau mais intenso.
01. O poema narrativo mostra que uma situação banal teve um efeito fantástico, mágico.
a) Que ação corriqueira, do cotidiano foi narrada?
b) No desfecho do poema é apresentado um fato mágico que resultou dessa ação. Qual é esse fato?
Dou 20 ponto para quem me ajudar
Respostas
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21
Resposta:
a resposta para a letra A é o ato de olhar no espelho, o que é algo comum.
- a para a letra b é o fato de o espelho ter se alegrado com a beleza do entregador.
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