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Os horrores da 2ª Guerra Mundial, encerrada apenas três anos antes, permaneciam vivos na lembrança. O globo seguia dividido entre os blocos capitalista e socialista, quando, em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O texto, que agora completa 70 anos, lembrava os “actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade” e defendia um “mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e crer, libertos do terror e da miséria”.
Nos anos 60, tomados por golpes militares, países da América Latina são submetidos a ditaduras que acumulam casos de privação da liberdade de expressão, exílios forçados e torturas – processos explicitamente vedados pela Declaração que, menos de 20 anos antes, tinha representado um compromisso mundial.
Nesta entrevista, a historiadora e psicóloga Cecília Coimbra contextualiza a origem da noção de direitos humanos, discutindo suas contradições. Presa política da ditadura brasileira e uma das fundadoras do grupo Tortura Nunca Mais, ela critica as alianças feitas em torno da memória do regime militar e alerta: a tortura e outras formas de violação dos direitos humanos pelo Estado continuam ativas hoje, nas periferias das cidades.
Espero ter ajudado!!!