• Matéria: Psicologia
  • Autor: AlvesGabriel16
  • Perguntado 5 anos atrás

Comecei a estudar a introdução da psicanálise e fiquei confuso a respeito da diferença entre a "pulsão'' e o ''Id'' alguém consegue me explicar claramente a diferença dos dois?

Respostas

respondido por: Frineia
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Explicação:

Busquei resumos para tentar te explicar, mas recomendo que busque mais leituras e organogramas, por si só.

Instâncias Psíquicas - Pré-consciente, Consciente e Inconsciente

No universo psíquico, desconhecemos mais do que conhecemos. Isso parte da premissa do próprio inconsciente. Uma das grandes descobertas do pai da psicanálise (S. Freud), foi ter afirmado que existem processos psíquicos inconscientes. Que, em outras palavras, fica claro que o que nós sabemos sobre nós é a menor parte do que de fato nós somos.

Para Freud, os nossos processos mentais acontecem de maneira conectadas. Ou seja, nenhum pensamento, sentimento ou lembrança acontecem por acaso, de maneira isolada. Isso não acontece por acidente. Por exemplo: quando alguém diz que não quer, quando na verdade quer – isso não pode ser constituído de acidente mental. Outro exemplo: quando alguém diz que vai, quando na verdade não quer ir – isso não acontece por acaso.

Mesmo que pareça que alguns pensamentos ou sensações surjam de maneira espontânea, há elos ocultos por trás deles que ligam esses eventos mentais com outros que ocorreram antes. De acordo com Freud, os processos mentais se desenvolvem de forma contínua, mesmo que as pessoas não estejam conscientes dessa continuidade entre seus pensamentos e sentimentos.

ID, EGO E SUPEREGO

O Ego, o Superego e o Id são instâncias que formam a psique humana.

Na psicanálise, a pulsão é a energia psíquica profunda que direciona a ação até um fim, descarregando-se ao consegui-lo. O conceito refere-se a algo dinâmico que é influenciado pela experiência do sujeito.

ID - O Id é um elemento psicológico de nossa mente.  Nele, ficam armazenadas nossas pulsões, nossa energia psíquica, nossos impulsos mais primitivos. Guiado pelo princípio de prazer, não há para o Id nenhuma regra a ser seguida: tudo o que interessa é a vazão do desejo, a ação, a expressão, a satisfação.

O Id fica localizado no nível Inconsciente do cérebro, e não reconhece elementos sociais. Portanto, não há certo ou errado. Não há tempo ou espaço. Não importam as consequências. O Id é o ambiente dos impulsos sexuais. Ele está sempre buscando formas de realizar esses impulsos, ou seja, não aceita ser frustrado.

PULSÃO

A pulsão (trieb) pode tanto assumir a forma de um “instinto” quanto de um “querer”, enquanto base não-volitiva e categórica. Situa-se, pois, anteriormente a ambos. É algo genérico e impessoal, maior que o sujeito isolado, algo atemporal. A pulsão simplesmente existe; tal qual o “impulso de respirar”, ele é a “base do próprio querer”, a base a partir da qual se gera a necessidade, a ânsia, a vontade, o querer e o desejo. Não é de imediato percebido como torturante ou desagradável, torna-se torturante se não o realizarmos – por exemplo, não respirar, não comer.          

À pulsão é um processo dinâmico, que impulsiona o organismo em direção a uma meta, o equilíbrio do estado de tensão na fonte pulsional. O termo pulsão só  aparece na obra Freudiana em 1905, mas desde o projeto de 1895, Freud já coloca a idéia de excitações externas e internas, às quais deveriam ser descarregadas assim que abalassem o princípio de constância. Nós poderíamos fugir das excitações externas, mas não das internas e nisso se basearia a “mola pulsional” dos mecanismos psíquicos.          

A pulsão em Freud nunca se dá por si mesma ( nem a nível consciente, nem a nível inconsciente), ela só é conhecida pelos seus representantes: a idéia e o afeto. Pulsão, diz Freud, é “um conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático”, ou ainda o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente. É importante não confundir a pulsão enquanto representante dos estímulos internos com os representantes psíquicos da pulsão, lembrando que a pulsão nunca pode tornar-se objeto da consciência e que mesmo no inconsciente ela é sempre representada por uma idéia ou por um afeto.

O conceito de pulsão tem por referenciais, a fonte, um processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo, a pressão, a quantidade de força que ele representa, a finalidade, que é sempre a satisfação; e o objeto, a coisa através da qual a pulsão atinge sua finalidade.

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