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Em geral, as ações de contracultura foram produzidas por jovens, por conta do cansaço enfrentado por eles em relação às regras que eles mesmos não criaram, mas que eram obrigados a seguir. Assim, os movimentos de contracultura questionaram não só os padrões de comportamento social, mas a religião, o sexo, as instituições sociais (como a família, o casamento, a Igreja, a escola, o Estado, a polícia, o exército e o trabalho) e os padrões estéticos.
A rebeldia é marcante nas ações de contracultura, pois ela é a arma pela qual as pessoas passaram a lutar contra as imposições. A não aceitação dos padrões é essencial para que se tenha uma eficaz mudança de comportamento social e indica que os movimentos de contracultura lutavam, no fundo, por mais liberdade.
Estiveram associados à contracultura temas como o feminismo (que se intensifica a partir dos anos de 1960, engendrando a segunda fase do feminismo, a qual visava questionar padrões de comportamento feminino e lutar pela liberdade sexual da mulher); a cultura da paz em oposição às guerras, como a Guerra do Vietnã; o rock and roll como movimento musical de contestação dos padrões estéticos estabelecidos pela sociedade; e a contestação política contra a opressão social, por classe social, gênero ou cor, estabelecida por grupos de lutas pelos direitos de igualdade.
Esse movimento também foi fundamental para o desenvolvimento de protestos contra o autoritarismo político que ocorreram, em maio de 1968, em vários países, como França, Estados Unidos e Brasil (o nosso país vivia, em 1968, os anos mais repressores da Ditadura Civil-Militar, 1964 a 1985).