Vou criar o que me aconteceu. Só porque viver não é relatável. Viver não é vivível. Terei que criar sobre avida. E sem mentir. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo. Precisarei com esforço traduzir sinais de telégrafo-traduzir o desconhecido para uma língua que desconheço, e sem sequer entender para que valem os sinais. Falarei nessa linguagem sonâmbula que se eu estivesse acordada não seria linguagem. [...]
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994.
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1) Dentro das características do texto, explique “...criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.”
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significa que criar não tem haver com imaginação pq é real
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Explicando o trecho do texto “...criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.”, temos que o autor fala sobre a relação com a realidade que pode ou não ser agradável.
Mas o que é a realidade?
Para o autor, a realidade está relacionada com aspectos que não são criados. Isso acontece porque, para ele, a imaginação não é palpável, e não podemos enxergar
Já a realidade está visível, e é com ela que nós vivemos.
O processo de criação de um conteúdo é determinante para que os leitores fiquem cada vez mais interessados e "presos" em uma obra.
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