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É fato que o pintor Lasar Segall (1891-1957) nascido em Vilna, na Lituânia, mas que aos 32 anos de idade, escolheu o Brasil como nova pátria, onde já viviam três de seus irmãos, também retratou a mulata em seus trabalhos. Contudo, ele a via como um tipo étnico, uma questão social do país, ao contrário de Di, “que a tomou por fonte de sensualidade a toda prova, entre o erótico e o onírico, o lírico e o fantástico, o cotidiano e o intemporal”, como explica o crítico de arte Roberto Pontual, em sua obra “Entre Dois Séculos”. Di Cavalcanti sentia uma grande fascinação pela figura dessas mulheres corpulentas, voluptuosas e sensuais, apresentadas quase sempre nuas ou seminuas.
Di Cavalcanti mostrava a mulata em sua brasilidade, como gente da terra, parte intrínseca da população do país. O pintor evitava o apelo ao exotismo, ainda que, vez ou outra, principalmente na fase final de sua vida, talvez inconscientemente, tivesse buscado certos elementos para obter um efeito estético, estilizando-as.
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