• Matéria: Artes
  • Autor: ybmfirst
  • Perguntado 5 anos atrás

Fale sobre o final do período, da arte Latino Americana, apresentando um contexto critico.​

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respondido por: Kelven002
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RESUMO

Este artigo pretende traçar um panorama do pensamento latino-americano, partindo de uma linha histórica mais recente, iniciada pela influência do romantismo e do positivismo nos primeiros anos da independência, a esquerda nascente e os nacionalismos, a emergência do desenvolvimentismo e do dependentismo, finalizando com a perspectiva crítica do pós-colonialismo. A proposta não é descrever as principais correntes e teorias de maneira exaustiva e completa, mas tentar gerar interesse e admiração pelos escritos e escritores latino-americanos de maior destaque, a partir do conhecimento das etapas de seu desenvolvimento.

Palavras-chave: América Latina, Teoria Social, Pensamento Político, Periferia, Subalternidade.

ABSTRACT

This article aims to trace a panorama of Latin American thought. This panorama begins with the influence of the romanticism and the positivism in the early years of independence, then the rising of the nationalism and the emergence of the so called "developmental-ism" and "dependent-ism". At the end, it presents the critical perspective of post-colonialism. The proposal is not to describe the theories in depth, but to create interest for the most prominent Latin American writers.

Keywords: Latin America, Social Theory, Political Thought, Periphery, Subalternity.

 

 

Introdução

Existe um pensamento latino-americano? Parafraseando a pergunta feita por Salazar Bondy (1968), na década de 1960, esse trabalho busca recuperar e trazer à tona as principais correntes de pensamento - e seus principais representantes - desenvolvidas a partir da América Latina1. Ao contrário deste filósofo, que afirmou ser impossível desenvolver um pensamento genuíno e original a partir das Américas, cuja produção intelectual estava condenada a ser inautêntica e imitativa, queremos destacar o desenvolvimento desse pensamento social e político do hemisfério sul, que, nas palavras de Boaventura de Souza Santos é

(...) el reclamo de nuevos procesos de producción y de valoración de conocimientos válidos, científicos y no-científicos, y de nuevas relaciones entre diferentes tipos de conocimiento, a partir de las prácticas de las clases y grupos sociales que han sufrido de manera sistemática las injustas desigualdades y las discriminaciones causadas por El capitalismo y por El colonialismo. (2010, p. 43)

A proposta de Souza Santos é bem mais ousada do que se pretende ser aqui. Eledefende formas alternativas de conhecimento e busca dar voz a grupos excluídos, silenciados e marginalizados. Aqui, ao invés de condenarmos o pensamento latino-americano como sendo inautêntico, relegando a produção do continente à mera repetição do que nos é exógeno, pretendemos traçar um panorama do pensamento latino-americano, como grupo excluído dos grandes centros de produção do pensamento mundial. A proposta não é descrever as principais correntes de maneira exaustiva e completa, tampouco aprofundar em conceitos e teorias, mas tentar gerar interesse e admiração pelos escritos e escritores latino-americanos, minimizando a supervalorização do pensamento produzido desde o Norte, fortalecida por um complexo de Malinche2 e pela apropriação de uma visão imposta desde a Europa. O grupo silenciado é representado por intelectuais latino-americanos que produziram e continuam produzindo um pensamento político e social compromissado em entender os problemas que afligem a Nuestra América. Portanto, esse artigo centralizar-se-á nas etapas do desenvolvimento da produção intelectual latino-americana no intuito de fornecer um cenário descritivo de suas principais correntes.

A valorização do pensamento latino-americano enfrenta muitos obstáculos, mas quero destacar dois deles: um externo e outro interno. O externo diz respeito à dificuldade de ser reconhecido nos grandes centros. Na visão de Bourdieu (2006), adequada ao que se quer expor aqui, a produção do conhecimento é marcada por uma luta simbólica que reproduz as relações de dominação. Assim, trava-se uma luta concorrencial entre agentes cujas posições se encontram a priori fixadas e, no caso do pensamento latino-americano, o lócus do intelectual é não só inferiorizado, mas também invisibilizado.

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