Leia os textos abaixo.
Texto 1
Desalento
Por que havíeis passar tão doces dias?
Feliz daquele que no livro d’alma
Não tem folhas escritas
E nem saudade amarga, arrependida,
Nem lágrimas malditas!
Feliz daquele que de um anjo as tranças
Não respirou sequer
E nem bebeu eflúvios descorando
Numa voz de mulher... [...]
Mas, nesse doloroso sofrimento
Do pobre peito meu,
Sentir no coração que à dor da vida
A esperança morreu!... [...]
Texto 2
Como dizia o poeta
Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão [...]
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão.
(02) Esses textos apresentam temática comum mesmo pertencendo a períodos históricos diferentes, porém, no Texto 2, há um ponto de ruptura pois o eu lírico:
( a ) afirma ter chorado pela falta da pessoa amada.
( b ) condena aqueles que nunca sofreram por amor.
( c ) confessa ter perdido as esperanças.
( d ) idealiza a figura da mulher.
( e )invoca proteção espiritual.
Respostas
Resposta:
Letra (B)
Explicação:
O Eu Lírico utiliza nos versos
"Mesmo o amor que não compensa "..
"É melhor que a solidão "..
Da-se a entender que diferencia-se do Poema (1) por conta que ele condena aquelas que nunca sofreram por amor.
Os poemas "Desalento" e "Como dizia o poeta", de Vinícius de Moraes, condenam aqueles que nunca sofreram por amor (B).
Vinícius de Moraes, poeta e músico brasileiro, nasceu em 1913 e se dedicou à escrita de versos de poesia, prosa e músicas. Em 1932, publica o seu primeiro poema “A transfiguração da montanha”.
Com o passar do tempo, Vinícius de Moraes consegue se tornar diplomata e dramaturgo, dirigindo filmes e compondo músicas para novelas.
A partir daí, Vinícius de Moraes publicou várias obras e tornava-se conhecido pelas suas obras literárias e artísticas. Vinícius de Moraes foi uma figura icônica pelos nove casórios que teve ao longo da vida.
Além disso, fez parte da segunda fase do Modernismo brasileiro, onde o amor e o erotismo eram os temas-chave. Porém, escreveu diversas obras ao público infantil e infanto-juvenil.
Suas obras principais são: Soneto de Fidelidade, O Pato, A Casa.
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