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Dom Pedro de Alcântara, que depois ficaria conhecido como o imperador Dom Pedro II, foi o segundo monarca a reinar sobre o Brasil, sucedendo seu pai, Dom Pedro I, filho de Dom João VI, de Portugal. Pedro II, ao contrário do pai, nasceu no Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro, em dezembro de 1825. Além da ascendência lusitana e do pertencimento à casa de Bragança, Pedro II também tinha, por parte de mãe, ascendência austríaca. Sua mãe era D. Leopoldina da Áustria, pertencente à casa aristocrática de Habsburgo.
D. Leopoldina, arquiduquesa da Áustria e rainha consorte do Brasil, faleceu em 1826, quando Pedro tinha apenas um ano de idade. A educação do futuro monarca foi delegada a um grupo de preceptores, entre eles, José Bonifácio de Andrada e Silva, importante figura do período imperial brasileiro, considerado um dos “arquitetos” do Segundo Reinado. Pedro II teve, dessa forma, uma boa formação, o que fez com que tivesse inclinações ao gosto pela alta cultura e interesse por ciência e tecnologia. A fotografia (tecnologia nascida no século XIX), por exemplo, tornou-se uma de suas paixões e foi por ele usada também com a finalidade de difundir a sua imagem.
Pedro II viu-se na contingência de ter que suceder seu pai quando ainda era uma criança de cinco anos. D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho no ano de 1831, quando optou por voltar a Portugal e disputar o trono lusitano com seu irmão, Dom Manuel. Por ser ainda criança, Pedro II foi tutelado por regentes que governaram o Brasil ao longo de toda a década de 1830. Esse Período Regencial foi um dos mais conturbados da história brasileira, pois ocorreu uma série de revoltas regionais que tiveram que ser sufocadas.
A efetiva sagração de Dom Pedro II como imperador veio em 23 de julho de 1840 por meio de uma declaração da Assembleia Geral que dizia ser o jovem imperador já apto a assumir suas obrigações. Pedro II tinha apenas 14 anos de idade na ocasião, mas, mesmo assim, assumiu o trono do Império do Brasil, pondo fim ao período da Regência. Esse processo ficou conhecido como “Golpe da Maioridade”.
Em seu longo reinado (1840 a 1889), Pedro II buscou valer-se dos dispositivos políticos engendrados por seu pai, como o Poder Moderador e os outros recursos previstos na Constituição de 1824. O exercício do poder conduziu Pedro II a um jogo de articulações políticas com conservadores e liberais, bem como com a elite agrária e escravocrata, condutora da Economia Cafeeira e que mantinha as finanças do Império. Todo o processo gradual de acabar com a mão de obra escrava, por exemplo, teve que ser gestado com amplas negociações.
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