Vejo tão manifestamente que não há indício concludente algum nem marcas suficientemente certas por cujo meio se possa distinguir nitidamente a vigília do sono que me sinto inteiramente espantado; e meu espanto é tal que ele é quase capaz de me persuadir de que estou dormindo”.
Na passagem acima, Descartes apresenta um argumento para que se duvide das percepções
sensíveis. Aponte e explique o argumento do autor.
Respostas
Resposta:
Ele diz que as percepções sensíveis não são confiáveis ou seguras ("não há indício concludente"), e que são difíceis de distinguir da realidade.
Explicação:
https://youtu.be/7jzeFz1HScE
Para Descartes, o conhecimento dos sujeitos que partes das sensações não apresentam uma verdade sobre o que seja a realidade.
O autor utiliza o exemplo do sono e da vigília. O que me garante que a realidade que estou experienciando não é um estado do sono, um sonho? Logo, as percepções podem nos enganar.
Ao duvidar de si mesmo, Descartes notou que a existência das coisas pressupõe o seu conhecimento prévio. Assim, como as ideias são dadas por Deus aos homens, ele cunha a ideia de que "penso, logo existo". Se penso, eu existo.
A partir dessa teoria cartesiana, Descartes torna-se símbolo do racionalismo moderno de que as ideias já existem e que devemos confiar somente na faculdade da razão.
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