o tipo de estrutura locomotora dos anfíbios reflete o modo de vida do animal podemos afirmar que
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Os anfíbios são vertebrados tetrápodes (de quatro pés) que pertencem à classe Amphibia. O nome vem do grego Amphibios (amphi, duas, e bios, vida), uma referência à presença de duas fases na vida desses animais: uma fase larval aquática e a fase adulta, que pode ser terrestre.
Já foram descritas mais de 6.000 espécies de anfíbios, que são divididas em três ordens: Gymnophiona, que são as cobras-cegas ou cecílias; Urodela, composta pelas salamandras; e Anura, que inclui os sapos, as rãs e as pererecas. Esses animais podem viver em ambientes aquáticos ou terrestres e são mais abundantes nas regiões tropicais.
Características gerais
Os anfíbios adultos apresentam uma epiderme muito fina, sem escamas, rica em vasos sanguíneos e com glândulas mucosas que mantêm a pele sempre lubrificada. Essas características permitem a realização da respiração cutânea, ou seja, a troca de gases realizada através da superfície da pele.
A maioria dos anfíbios possui glândulas produtoras de secreções venenosas na epiderme. O veneno é liberado quando o animal é ameaçado por algum predador, representando uma forma de defesa contra a predação.
Os anfíbios são animais ectotérmicos (do grego, ektos, fora; e thermos, quente), ou seja, que dependem de uma fonte de calor externa para manter a temperatura de seus corpos. A respiração dos anfíbios pode ser branquial, cutânea ou pulmonar. Também pode ocorrer a combinação de mais de um tipo de respiração em um mesmo espécime.
Transição para o meio terrestre
Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre. Eles evoluíram há cerca de 300 milhões de anos e, em termos evolutivos, situam-se entre os peixes e os répteis.
Uma série de mudanças estruturais e fisiológicas no organismo dos anfíbios permitiu que eles realizassem a transição do meio aquático para o meio terrestre. Entre elas, podemos citar o desenvolvimento e a adaptação dos pulmões - para respirar o ar -, adaptações na epiderme - para permitir a exposição ao ar -, e o desenvolvimento da coluna vertebral e da musculatura - para permitir a sustentação do corpo fora do ambiente aquático.
Porém, a conquista do meio terrestre não foi definitiva. Isso porque os anfíbios, mesmo os que habitam ambientes terrestres, dependem do meio aquático ao menos para sua reprodução. Seus ovos não apresentam uma casca protetora nem anexos embrionários (estruturas relacionadas à adaptação ao meio terrestre), por isso precisam ser mantidos constantemente úmidos. As formas jovens se desenvolvem na água e dela dependem para a respiração branquial (feita por meio das guelras ou brânquias).