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A presença dos índios no território brasileiro é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido pelos exploradores europeus que aportaram em nossas terras. Segundo os dados presentes em algumas estimativas, a população indígena brasileira variava entre três e cinco milhões de habitantes. Entre essa vasta população, observamos o desenvolvimento de civilizações heterogêneas entre as quais podemos citar os xavantes, caraíbas, tupis, jês e guaranis.
Após os anos de 1970, durante a ditadura, houve um período de expansão das atividades produtivas na Amazônia, que era vista como um impulso para o desenvolvimento. A construção de estradas como a Transamazônica, hidrelétricas e o desmatamento para a pecuária resultaram na expulsão de comunidades indígenas de suas terras e o contato com doenças trouxe novas mortes.
Em 1973, o governo aprova o Estatuto do Índio. E finalmente, em 1988, é promulgada a nova Constituição Federal, que inovou ao estabelecer o direito originário dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam e reconheceu oficialmente direitos de cidadania, como o respeito à identidade e organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.
Por todo o contexto histórico de massacres à população nativa do Brasil, se torna essencial a realização de políticas públicas direcionadas à proteção do índio, evitando invasões às suas terras por parte de fazendeiros, garimpeiros, madeireiros, posseiros, entre outros que pretendem realizar a exploração econômica no local. Outro fator é a construção de hidrelétricas, que, em alguns casos, necessita que a população indígena seja retirada de seu terreno para o alagamento do mesmo.