Respostas
Resposta:
O Orfismo corresponde à primeira fase do modernismo em Portugal. Recebeu esse nome por causa da revista Orpheu, publicação fundada por um grupo de artistas plásticos e escritores, entre eles Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Raul Leal, Luís de Montalvor e o brasileiro Ronald de Carvalho, responsável pela publicação no Brasil. A revista Orpheu foi uma espécie de porta-voz dos precursores do modernismo, extremamente influenciados pelas modernas correntes europeias, entre elas o futurismo e o cubismo.
O Orfismo teve início em 1915, época em que a Europa estava mergulhada nos conflitos da Primeira Guerra Mundial, iniciada um ano antes, em 1914. Sob esse clima de forte tensão, os intelectuais ligados à revista Orpheu tinham como objetivo encontrar novas formas de expressão literária, formas que deixassem para trás o acanhado meio cultural português. No resto da Europa, correntes estéticas como o Futurismo e o Cubismo ganhavam força e, influenciados pelos valores dessas vanguardas, os orfistas lançavam um olhar para o mundo e suas inovações tecnológicas, rompendo definitivamente com o passado e sua feição simbolista.
Resposta:
Explicação:
O marco inicial do modernismo português foi a publicação da revista Orpheu, em 1915, influenciada pelas grandes correntes estéticas europeias, como o Futurismo, o Expressionismo, etc., reunindo Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros, entre outros. A sociedade portuguesa vivia uma situação de crise aguda e de desagregação de valores. Os modernistas portugueses respondem a esse momento, deixando atrás o acanhado meio cultural português, entregando-se à vertigem das sensações da vida moderna, da velocidade, da técnica, das máquinas. Era preciso esquecer o passado, comprometer-se com a nova realidade e interpretá-la cada um a seu modo. Nas páginas da revista Orpheu, esta geração publicou uma poesia complexa e de difícil acesso, causadora de um grande escândalo naquela época. Tendo uma curta duração, foram publicadas apenas duas edições.
São características de estilo deste movimento: o rompimento com o passado, o carácter anárquico, o sentido demolidor e irreverente, o nacionalismo com múltiplas facetas - o nacionalismo crítico, que retoma o nacionalismo em uma postura crítica, irónica e questiona a situação social e cultural do país, e o nacionalismo ufanista (conservador), ligado principalmente às posturas da extrema-direita.
Aquele período apresentava-se dividido em três partes:
Orfismo - escritores responsáveis pela revista Orpheu, e por trazer Portugal de volta às discussões culturais na Europa;
Presencismo - integrada por aqueles que ficaram de fora do orfeísmo, que fundaram a revista Presença e que buscavam, sem romper com as ideias da geração anterior, aprofundar em Portugal a discussão sobre teoria da literatura e sobre novas formas de expressão que continuavam surgindo pelo mundo;
Neo-Realismo - movimento que combateu o fascismo, e que defendeu uma literatura como crítica/denúncia social, combativa, reformadora, a serviço da sociedade – extremamente próxima do realismo no Brasil, daí advindo a nomenclatura “neo-realismo”, um novo realismo para “alertar” as pessoas e tirá-las da passividade.