• Matéria: Português
  • Autor: juliaoliveiraalves20
  • Perguntado 5 anos atrás

Aportando na costa brasileira, Pero Vaz de Caminha

depara-se com uma realidade paradisíaca, mas a

descreve objetivamente, quase como antropólogo.

No século seguinte, qual será a perspectiva de

Gregório de Matos sobre a mesma terra?

SONETO

Há cousa como estar em São Francisco1

donde vamos ao pasto tomar fresco?

Passam as negras, fala-se burlesco,

fretam-se todas, todas caem no visco.

O peixe roda aqui, ferve o marisco,

come-se ao grave2

, bebe-se ao tudesco ,3

vêm barcos da cidade com refresco,

há já tanto biscoito como cisco.

Chega o Faísca, fala, e dá um chasco4

,

começa ao dia, acaba ao lusco-fusco,

não cansa o paladar, rompe-se o casco5

.

Joga-se em casa em sendo o dia brusco;

vem-se chegando a Páscoa, e se eu me empasco6

,

os lombos do tatu é o pão que busco.

Considere as afirmativas:

I. Ao poeta não impressiona, como a Pero Vaz de

Caminha, a inocência tropical da mulher autóctone,

mas a sensualidade buliçosa da africana; a ele não

apraz a pureza das águas infindas que chamaram a

atenção do escrivão, e sim a bebida (alcoólica) em

abundância, além da mesa farta.

II. A viagem do poeta a São Francisco parece

coincidir com a data da chegada de Cabral à "Terra

de Vera Cruz", isto é, por ocasião da Páscoa.

III. O poema testemunha a licenciosidade que

reinava na Colônia e que motivou a produção satírica

de Gregório de Matos.

Está(ão) correta(s)

(A) apenas I.

(B) apenas II.

(C) apenas III.

(D) apenas I e III.

(E) I, II e III.​

Respostas

respondido por: juliocws31
1

Resposta:

Letra D

Explicação:

Bate de acordo com o texto

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