• Matéria: Sociologia
  • Autor: raysilvaoficial
  • Perguntado 5 anos atrás

Existe classes social fora do sistema capitalista? Explique!

Respostas

respondido por: studytime123
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Resposta.

Classe social e estratificação social

Uma sociedade estratificada é uma sociedade dividida em classes sociais. Uma das características da estratificação é a capacidade de mobilidade social, ou seja, de uma pessoa poder migrar de uma classe para outra.

Essa possibilidade é, no entanto, muito difícil nas sociedades capitalistas, que, apesar de presarem pela meritocracia (o ganho em cima do mérito pessoal adquirido pelo esforço e pelo trabalho), tendem a manter um meio fechado de pessoas com o poder econômico por meio da herança. Uma pessoa rica deixará a sua riqueza para os seus filhos, enquanto uma pessoa pobre não consegue ascender socialmente com facilidade por conta da dificuldade de estudar, trabalhar e investir o pouco dinheiro que ganha.

As pirâmides sociais representam a divisão de classes.

As pirâmides sociais representam a divisão de classes.

Thomas Bottmore, sociólogo marxista inglês e político (membro do Partido Trabalhista Britânico), e William Outhwaite, também sociólogo, marxista britânico e professor emérito das Universidades de Sussex e de Newcastle, escreveram uma importante coletânea de conceitos de Sociologia, intitulada Dicionário do Pensamento Social do Século XX. Nessa obra, os sociólogos escrevem que a estratificação social ocorre em “todas as sociedades complexas” quando “o suprimento total de recursos valorizados é distribuído desigualmente, com os indivíduos ou famílias mais privilegiados desfrutando de um volume desproporcional de propriedade, poder ou prestígio”.|2|

Isso significa que a essência da estratificação social e o motivo pelo qual existem diferentes classes sociais é a desigualdade econômica. Em contraposição às sociedades estratificadas, temos as sociedades estamentais. A grande característica das sociedades estamentais que as diferencia totalmente das sociedades estratificadas é que, nos estamentos, não há a possibilidade de mudança de classe social.

Temos como exemplo de sociedades estamentais a Europa feudal, dividida entre a nobreza, o clero, os servos e o campesinato (camponeses). Os nobres nasciam nobres, era algo vindo de família, sendo vedado a um servo ou camponês tornar-se um nobre. Por volta do século XV, por causar da ascensão da burguesia, começou haver comércio de títulos de nobreza, o que afrouxou o sistema estamental.

Saiba mais: Estratificação e desigualdade social

Classe social para o IBGE

As classes sociais, para além da classificação marxista, também são classificadas em classe alta, classe baixa e classe média. Para criar uma classificação mais precisa, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) criou um sistema de medição que abrange cinco estratos sociais, que são as classes A, B, C, D e E, sendo A a classe com maior poder aquisitivo e concentração de renda e E a classe com menor poder aquisitivo e concentração de renda.

Além do rendimento monetário, são levantados pelos recenseadores (profissionais que trabalham para o IBGE fazendo a coleta de dados da população nos domicílios) dados como o número de pessoas que vivem no domicílio, as dimensões (tamanho) da moradia, o acesso à água encanada e coleta de esgoto, o número de equipamentos eletrodomésticos por domicílio, o número de veículos automóveis e a escolaridade das pessoas que ali vivem.

A maneira mais fácil e simples de definir os padrões de cada classe social pelo IBGE é por meio da renda familiar mensal. Porém, nem sempre esse indicador socioeconômico é satisfatório, sendo necessário, em alguns casos, analisar a condição socioeconômica de uma pessoa com base em outros indicadores, como aqueles que foram mencionados no parágrafo anterior.

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