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Odisseu chega à cabana do divino porqueiro Eumeu. Os cães do porqueiro correm, aos uivos, em perseguição a Odisseu, disfarçado de ancião, além de mendigo - consoante o combinado junto à deusa Atena. Eumeu espanta os cães que se encontravam próximos – sobretudo em defesa do porqueiro -, bem recepcionando, em seguida, o estrangeiro, que, na verdade, era o próprio patrão, irreconhecível devido ao disfarce.
Odisseu, visando logo ganhar a simpatia do porqueiro Eumeu, diz, ardilosamente, que estrangeiros e mendigos são enviados de Zeus. Eumeu convida, então, o faminto Odisseu a entrar na cabana. Em seguida, Odisseu, junto a Eumeu, alimenta-se na cabana do divino porqueiro.
Eumeu passa a se recordar do patrão – Odisseu – junto ao recém-chegado hóspede, demonstrando incredulidade quanto a um possível retorno do herói a Ítaca. O mendigo-ancião insiste que o herói voltará. Eumeu pede, então, que o mendigo narre a sua própria história. O ardiloso Odisseu começa, então, a contar a sua história para o divino porqueiro. Na verdade, o astuto Odisseu inventa uma história, dizendo, ao seu fiel porqueiro Eumeu, ter nascido na vastíssima Creta. E prossegue, narrando uma série de infortúnios por ele enfrentada. Por isso abandonou Creta e foi para o Egito. Porém, quando se encontrava no Egito, um forasteiro fenício o logrou com astúcia, convencendo-o a levá-lo para a Líbia. Durante a viagem, a embarcação naufragou, aportando na terra dos homens Tesprotos, onde reinava Fidão valoroso. Fidão informou ao ancião que, ali, Odisseu acumulava imensa fortuna e que, justamente naquele exato momento, Odisseu havia partido para Dodona, a fim de consultar o oráculo de Zeus, deus do Olimpo, sobre a maneira melhor para Ítaca retornar.
Entretanto, o astuto porqueiro não acredita na história narrada pelo ancião; passa, então, a lamentar a ausência do patrão Odisseu e se refere, entristecido, quanto aos infindáveis infortúnios reservados tanto a Penélope quanto ao filho do herói, Telêmaco.
Em seguida, o prudente ancião recrimina o porqueiro Eumeu por não acreditar no retorno de Odisseu... depois, ambos fizeram uma refeição.
Os céus reservavam uma terrível tempestade, pronta a desabar. Logo a seguir, passou a chover fortemente, e um terrível frio enviado pelo vento Bóreas invadiu a choupana.
A essa altura dos acontecimentos, o ancião - sempre garantindo falar somente a verdade -, aproveitando-se da ocasião propícia, volta a narrar, dizendo como vivenciou, na condição de guerreiro, a sua participação na Guerra de Tróia, além do contato que lá fizera com Odisseu. O manhoso Odisseu, ou melhor, o “ancião-mendigo” conta a Eumeu que, durante a guerra, o astucioso Odisseu oferecera-lhe mantos para que se protegesse do frio.
Finda a narrativa, o porqueiro Eumeu agradeceu ao ancião pela narrativa da bela história, oferecendo, em seguida, ao hóspede, mantos, no intuito de proteger o “ancião” do frio que invadira, há pouco, a choupana. Ambos então caíram em sono profundo. Eumeu deixou a humilde cabana, indo deitar-se, segundo o hábito, junto aos porcos, debaixo de uma côncova pedra, ao abrigo do vento Bóreas.
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