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Resposta:
Devido ao uso indiscriminado de antibióticos, as bactérias adquirem resistência ( um processo evolutivo) o qual " combate " a ação desses medicamentos. a tendência é que no futuro poucos remédios sirvam, pois vivemos em uma sociedade a qual a prática da automedicação é normalizada.
Resposta: As bactérias estão em constante evolução e esta começando a ter resistência aos antibióticos conhecidos, até infecções bacterianas banais e pequenos ferimentos deixarão de responder ao tratamento – como acontecia antes da descoberta da penicilina – e haverá o risco de ocorrerem complicações mortais.
As bactérias têm uma incrível capacidade de adaptação ao meio e são bastante sujeitas a desenvolver mutações genéticas. Por isso, ao serem expostos aos antibióticos de forma indiscriminada, esses microrganismos encontram maneiras de se defender contra o efeito desse medicamento.
Assim, algumas bactérias se tornam capazes de expulsar as moléculas do antibiótico de dentro de seu corpo, outras modificam a estrutura onde o medicamento fazia sua ligação química para causar seu efeito e um terceiro grupo passa a produzir enzimas que destroem o remédio antes mesmo de haver o contato.
Para piorar a situação, as bactérias conseguem transmitir essas mutações genéticas para suas filhas, dando origem a toda uma linhagem resistente. Além disso, pode haver a transmissão de genes de resistência entre esses microrganismos, inclusive entre bactérias de espécies diferentes.
À medida que esses mecanismos foram sendo descobertos, também foram desenvolvidos antibióticos mais potentes ou combinações de medicamentos capazes de driblá-los. Contudo, não poderemos contar com esse recurso para sempre por dois motivos principais.
O primeiro deles é que os novos antibióticos podem ter efeitos colaterais muito tóxicos para os seres humanos, pois eles são mais agressivos também para as bactérias benéficas que habitam nosso corpo e oferecem proteção natural contra microrganismos causadores de doenças.
O segundo motivo é que a capacidade de adaptação das bactérias é tão grande que, com o tempo, elas desenvolvem mecanismos de resistência até mesmo contra os antibióticos de última geração. Conhecidos como superbactérias, esses microrganismos reduzem as possibilidades terapêuticas, gerando tratamentos mais longos, mais caros e menos eficientes.
Hoje, cerca de 700 mil pessoas morrem todos os anos em função desse problema. Contudo, o perigo é tão grande que esse número pode chegar à casa dos 10 milhões em 2050 – superando a taxa de mortalidade atual do câncer, que é de 8 milhões de vítimas fatais por ano.
No Brasil, umas das medidas adotadas para tentar conter essa ameaça foi determinar que os antibióticos só podem ser vendidos com a apresentação da receita médica, que deve ficar retida na farmácia. Porém, a luta contra esse grave problema de saúde pública também depende da informação.