02. Responda às questões a seguir. a) O narrador recorda um fato engraçado de sua infância: a avó dizer aos amigos que ele tinha voltado “de ateu” do Rio de Janeiro. O que se esperava que a avó dissesse na ocasião?b) O narrador compara a forma “voltar de ateu” à expressão “fantasiado de palhaço” no carnaval. - Que sentido diferente ganha a frase da avó com o emprego da preposição?- Portanto, a frase “Minha avó entendia de regências verbais” é dita pelo narrador de modo sério ou de modo irônico? c) Na frase “Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas”, o narrador empregou o verbo brincar como transitivo indireto, regendo a preposição de. Que outra preposição esse verbo pode reger? Justifique sua resposta com exemplos. d) Na frase “Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade”, o narrador poderia ter dispensado a preposição por. Entretanto, que sentido essa preposição acrescenta ao enunciado no contexto? e) Na frase cantada pelo vaqueiro – “Ai morena, não me escreve/ que eu não sei a ler”:- Por o narrador estranha o emprego da preposição a?- Levante hipótese: Por que, na visão do narrador, a preposição a aumenta a solidão do vaqueiro?
Respostas
Resposta:
2-a) Este é meu neto. E foi estudar no Rio e voltou ateu.
b)- "Voltar de ateu" passa a ideia de que aquela mudança não é genuína, sincera, verdadeira; é apenas uma moda, uma máscara, algo falso e passageiro como uma fantasia de carnaval.
- Seria de forma irônica, pois a avó utiliza as preposições de forma peculiar, própria, diferente da norma padrão, mas não o faz de forma consciente.
c) A preposição "COM". Exemplo: Aprendi a brincar COM palavras.
d) "Por" acrescenta uma ideia de aprovação, validação, valorização daquele jeito particular de usar preposições. O autor quer aproximar sua fala, da variante linguística de sua avó.
e)- Porque, segundo a norma padrão, que é a variante linguística que o autor de texto usa, o verbo "saber" (sei) não exige a presença de preposição, ele é um verbo transitivo direto. Na norma padrão, a frase seria: "não sei ler".
- Na frase, o uso desnecessário da preposição "a" faz com que o termo "eu", que representa o locutor, fique ainda mais longe do termo "ler", que é a ação que poderia aproximá-lo um pouco de sua amada, pois se soubesse ler, poderia matar um pouco da saudade lendo a carta da morena.
Explicação: ESPERO TER AJUDADO
A)O narrador recorda um fato engraçado de sua infância: a avó dizer aos amigos que ele tinha voltado “de ateu” do Rio de Janeiro. O que se esperava que a avó dissesse na ocasião
Esperava que a avó dissesse " Ele foi estudar no Rio de janeiro e voltou ateu".
b) O narrador compara a forma “voltar de ateu” à expressão “fantasiado de palhaço” no carnaval. Que sentido diferente ganha a frase da avó com o emprego da preposição?
O uso da preposição "de" deu sentido a frase que ele voltou vestido de "ateu".
- Portanto, a frase “Minha avó entendia de regências verbais” é dita pelo narrador de modo sério ou de modo irônico?
Foi dita de uma forma irônica, ironizando o erro que ela cometeu.
c) Na frase “Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas”, o narrador empregou o verbo brincar como transitivo indireto, regendo a preposição de. Que outra preposição esse verbo pode reger? Justifique sua resposta com exemplos.
Ele poderia ter usado a preposição com. "Aprendi nessas férias a brincar com palavras mais do que trabalhar com elas"
D) Na frase “Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade”, o narrador poderia ter dispensado a preposição por. Entretanto, que sentido essa preposição acrescenta ao enunciado no contexto?
A preposição "Por" nessa frase tem o sentido de dar ênfase a palavra depois, no sentido de "Muito depois".
E)“Ai morena, não me escreve/ que eu não sei a ler”:- Por o narrador estranha o emprego da preposição a?
Porque o emprego da preposição A nessa frase da o sentido de ele não saber ler a morena.
- Levante hipótese: Por que, na visão do narrador, a preposição a aumenta a solidão do vaqueiro?
Porque para o narrador preposições aumentam o sentido da palavra que a acompanha. Eu levanto essa hipótese pelo fato dele usar o Por antes do depois.