• Matéria: História
  • Autor: paullo36028
  • Perguntado 5 anos atrás

romance do vaqueiro voador urgente pfvr!!​

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respondido por: mcjjbr7
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Resposta:

A estreia da literatura de cordel no cinema aconteceu exatamente no

momento em que o cinema brasileiro, assim como o cinema mundial,

passava por uma transformação radical: na virada dos anos 1960, quando

jovens cineastas, na Europa e na América Latina, recusando o modelo

americano de produção, defendiam um cinema de autor, um cinema

mais fi el à identidade nacional dos países produtores. Foi assim que

Glauber Rocha reivindicou um cinema de inspiração brasileira, fundado

na história e cultura do país. Nesse caso, um dos elementos marcantes de

sua estética foi a infl uência do universo de cordel em fi lmes como Deus e o

diabo na terra do sol (1963) e Antônio das mortes (1969).

Observemos que esses dois fi lmes foram produzidos quando o Brasil

acabara de ganhar uma nova capital, Brasília, símbolo por excelência da

modernidade e igualmente símbolo da retomada brasileira das decisões

sobre o destino do Brasil. Situada numa terra de ninguém, virgem de

qualquer história colonial e no centro do país (não mais no litoral por

onde entraram os colonizadores estrangeiros), a nova capital era um

exemplo fantástico da nova potência brasileira, país do futuro... No

entanto, esse mito sustentava-se sobre uma tragédia cruel, a de numerosos

trabalhadores nordestinos, chamados candangos1

, que vieram dar suas

vidas por aquela gigantesca obra.

Na época, raros fotógrafos (com exceção dos fotógrafos ofi ciais) se interessaram por aquele canteiro de obras. Um deles foi o americano Euge-ne

Feldman, convidado em 1959 por Antonio Magalhães, um designer da equipe

de Oscar Niemeyer, para conhecer o Brasil. Foi nessa ocasião que ele realizou

um certo número de imagens das obras. Alguns anos mais tarde, depois da

anistia, um cineasta paraibano, Vladimir Carvalho, decidiu contar a história

da construção da capital com base em algumas daquelas fotografi as, (assim

como nas películas de 16mm cedidas por sua mulher depois de sua morte

em 1975) , sob o título de Brasília segundo Feldman (Mattos, 2008, p. 216).

Mas a história dessa aventura cinematográfi ca não terminou. Nos anos

1980, quando João Bosco Bezerra Bonfi m, então estudante de literatura

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