• Matéria: Português
  • Autor: anabeatrizsilvaluz01
  • Perguntado 5 anos atrás

Esta outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, por coincidência, Marta
Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o
namoro e ainda dizendo uma verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas se arrependeu do
que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edificio de Haroldo,
esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o carteiro apareceu,
Marta fingiu que estava chegando ao edificio e perguntou:
- Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro
dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer
uma encenação dramática. Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de
volta. Precisava daquela carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal,
a carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que que
ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo assim olhou os envelopes do 702 para ver se
entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte-quando Marta ficou sabendo que o carteiro se
chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado* - também não. No outro dia
também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do chope, a
carta ainda não tinha chegado e Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte -
nem sinal da carta - Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre,
morava com a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte chegou a carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por
um longo minuto. Depois a devolveu ao carteiro e disse:
- Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.
Luis Fernando Verissimo. Festa de criança. São Paulo: Ática, 2000. Col. Para Gostar de Ler Júnior​

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respondido por: zennyosantos1022
2

Resposta:

6) pesquisando no arquivo dos carteiros

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