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No final da década de 1790, no contexto da Revolução Francesa, advogou Coutinho que transferir a sede da monarquia para o Rio de Janeiro traria uma dupla vantagem: a proximidade das riquezas naturais da colônia, muito mais abundantes do que as da metrópole, e o distanciamento das turbulências sociais que assolavam o Velho Continente, garantindo paz e estabilidade para a Corte absolutista portuguesa. O projeto, no entanto, foi guardado pelas lideranças lusas, e posto em prática no início do séc. XIX, durante as Guerras Napoleônicas.
Com a não observância do Bloqueio Continental contra a Inglaterra, imposto por Napoleão I em 1806 na cidade de Berlim, por parte da Coroa portuguesa, as tropas francesas marcharam rumo a Lisboa em 1807. A Corte portuguesa foi obrigada, então, a abandonar o reino em 29 de novembro daquele mesmo ano, sob escolta da Armada inglesa rumo ao Brasil. A comitiva real contava com cerca de 15 mil pessoas, que representavam parte da aristocracia e burocracia lusa. A decisão atendia aos interesses da Inglaterra, desejosa em furar o Bloqueio Continental através do comércio direto com a América. A transferência da Corte também representava uma sobrevida ao colonialismo português na região, pois, após a independência das 13 colônias e as primeiras sedições reprimidas ao final do século XVIII, a permanência da Coroa no Rio de Janeiro garantia um maior controle sobre o Brasil.
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