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redação sobre o tema: Desafios para a inclusão digital da terceira idade
Com o advento da Internet e sua expansão no século XXI, a comunicação se tornou rápida, eficiente e proporcionou diversas mudanças no hábitos humanos.[2] Contudo, o grupo idoso das sociedades acabou excluído dessas inovações. Nesse sentido, no que tange à questão da inclusão digital da terceira idade, percebe-se a configuração de um grave problema, em virtude da insuficiência de leis e do individualismo das pessoas. Diante disso, é preciso conhecer os diversos estigmas desse problema, na propensão de solucioná-lo.[1]
Em uma primeira análise, a persistência da problemática é intrinsecamente fomentada pela insuficiência de leis. Apesar da Constituição de 1988 garantir que o Estado brasileiro tem o dever de promover o bem-estar social dos cidadãos, nota-se que a ausência de diretrizes específicas e aplicáveis voltadas para a instrução tecnológica de pessoas mais velhas está presente no âmbito legislativo do país.[3] Nessa perspectiva, se – segundo Aristóteles[4] – a política tem como função preservar a integração entre os indivíduos da sociedade, é evidente constatar que a ausência legislativa tende a dar prosseguimento aos desafios para a inclusão digital da terceira idade e, consequentemente, fomentar a segregação social desses cidadãos, visto a dificuldade que eles têm em relação ao uso das novas tecnologias.
Ademais, em um segundo plano, o individualismo das pessoas é um mecanismo intenso desse impasse.[6] De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman[5], vivemos tempos líquidos, ou seja, uma época de artificialidade nas relações humanas que é caracterizada pelo individualismo. Assim, a falta de empatia dos sujeitos em relação às gerações anteriores, tem feito com que os idosos sejam vistos com maus olhos e considerados incapazes e isso, por conseguinte, promove diversas mazelas, tais como a discriminação, o preconceito e a posterior exclusão desse grupo social, resultando no afastamento dele perante o meio tecnológico. Desse modo, o quadro do panorama líquido se configura como um importante desafio para a incorporação digital da terceira idade.
Portanto, faz-se mister efetivar medidas para a atenuação desse cenário.[7] Destarte, é dever do Poder Legislativo, em parceria com sugestões da população, promover a criação de leis que visem[8] a formação de cursos gratuitos de ensino digital para pessoas mais velhas. Por meio dos Centros de Assistência Social (CRAS) de cada município, professores contratados pela prefeitura devem realizar explicações e demonstrar na praticar[9] como realizar tarefas em computadores e smartphones para o grupo selecionado, possibilitando, dessa maneira, erradicar os desafios para a inclusão digital da terceira idade.[10] Agindo assim, será possível tornar universal o uso da Internet a todas as gerações.[11]