• Matéria: Saúde
  • Autor: eduardapetzold
  • Perguntado 5 anos atrás

Produza um texto dissertativo (quinze linhas) destacando a sua vivência na pandemia, como experiências, medos, desejos e cite uma das primeiras coisas que você fará quando a pandemia passar. Como síntese crítica, análise a atuação dos nossos governantes, tanto os políticos quanto os empresários no combate à pandemia.

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respondido por: santosevellyn458
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BELTRÃO

PANDEMIA

Coronavírus: Jovem relata experiência da quarentena

Beltrão

Redação • 06/05/2020 - 17h14min

Andrelissa Gorete Castanha.

Acredito que ninguém esperava por uma pandemia em pleno Século 21 e possivelmente isso assustou a todos, seja pelo fato que é uma doença que varia de uma simples gripe até uma grave pneumonia, que pode ser letal ou mesmo pelas consequências que ela nos trouxe, tais como problemas psicológicos e uma crise financeira. Um problema que virou problema de todo mundo e do mundo todo. Eu sou Andrelissa Castanha, resido na cidade de São Paulo, hoje com o maior número de pessoas infectadas e de mortes pelo Covid-19. Há três anos saí de Francisco Beltrão para iniciar a pós-graduação desejada e pesquisar os mecanismos biológicos envolvidos no transtorno do espectro do autismo, no Laboratório de Modelagem de Doenças, no Instituto de Ciências Biomédicas, na Universidade de São Paulo (ICB-USP), sob a orientação da doutora Patrícia Beltrão Braga. Obviamente foram muitos desafios enfrentados, mas acredito que nada se compara aos vividos nesse período de quarentena, pois tive um mês de completo isolamento físico de todas as pessoas que conheço. Somente vi pessoas que vieram até meu apartamento fazer entrega. Minha família ainda reside em Francisco Beltrão e felizmente a internet sempre nos permitiu conversas via vídeo-chamada, fato que amenizou um pouco da ansiedade vivida. Assim como, reservei um momento todos os dias para conversas com amigos. As sensações que tive nesse mês de março/abril de 2020 foram muito angustiantes, pois eu sou uma pessoa ativa e comunicativa.

“Prisão” e ansiedade

O fato de ficar “presa” em casa, sem ver, abraçar e conversar com as pessoas me deixou aflita em muitos momentos. A sensação que você não pode ver ninguém quando você gostaria de sair de casa somada ao fato de que muitas pessoas estão morrendo lá fora trás ansiedade, pânico e crises repentinas e diárias de choro. A dificuldade para dormir fez com que eu trocasse o dia pela noite e ausência de interação social fez com que eu perdesse a fome, cheguei a perder três quilos em menos de duas semanas. Qualquer tossida, mesmo que alérgica já disparava uma ansiedade muito grande de que poderia estar doente e como estava sozinha, talvez acabasse morrendo sem a ajuda de ninguém. Minha única companhia durante esse período foi do meu animal de estimação, minha gata, a Sushi, que permitiu com que eu não me sentisse tão só. Após o feriado de Tiradentes (dia 21 de abril), minha equipe de laboratório e eu estamos regressando gradualmente nossas atividades rotineiras, pois temos prazos e, além disso, estamos fazendo uma força-tarefa para ajudar outros pesquisadores que trabalham com coronavírus, pois a demanda é muito grande e é necessário reforços para que os diagnósticos e as pesquisas relacionadas sejam feitas o mais breve possível. Trabalhei em um primeiro momento com um projeto de diagnóstico na função de aplicar questionários na comunidade USP enquanto outros profissionais realizavam os testes para o Covid-19. Esses resultados de diagnósticos oferecem uma resposta imediata para a sociedade e na pesquisa será importante para estudar os mecanismos envolvidos no processo de infecção e doença causada pelo vírus. Nessa experiência conversei com pessoas que testaram positivas, claro que de forma muito segura e, felizmente, essas pessoas estão se recuperando e sob monitoramento. E em breve nossa equipe também estará estudando o processo de infecção do coronavírus no sistema nervoso. Além disso, também realizei o meu teste e o resultado foi negativo, o que causou grande alívio e nos dá mais forças para continuar contribuindo, pois a sensação que eu tenho e vejo nos demais cientistas é querer achar uma solução o quanto antes para que o impacto seja muito menor. Sabemos que pode demorar um pouco, mas se nós seguirmos o recomendado, especialmente de ficar em casa nesse período, vamos logo vencer tudo isso.

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