Caminhos para a vacinação plena da população brasileira contra a COVID-19.
proposta de intervenção
Respostas
Resposta:
O documentário “A Vacina que Mudou o Mundo” narra, com detalhes, a difícil batalha contra a epidemia de poliomielite ocorrida na década de 50. No entanto, apesar dos avanços alcançados na área da saúde, doenças graves, que até pouco tempo estavam controladas, voltaram a assombrar as famílias brasileiras. A respeito disso, torna-se evidente a precarização dos serviços públicos de saúde, bem como a desinformação de setores da população. Com efeito, visando ao enfrentamento do problema, faz-se necessário um debate entre Estado e sociedade acerca dos desafios para garantir a imunização dos brasileiros.
Em primeira análise, é importante sinalizar que a falta de estrutura nos postos de saúde e hospitais compromete a eficácia da imunização em escala nacional. Isso se explica porque, apesar da Carta Magna de 1988 garantir o direito à saúde, a má gestão dos recursos públicos e a corrupção comprometem a qualidade dos serviços prestados, dificultando o acesso da população à vacinação. [1]
Outrossim, é válido salientar que a falta de informação pode interferir na escolha dos pais de levarem seus filhos para se vacinar. Isso afeta, sobretudo, camadas mais vulneráveis da população, que não entendem as consequências da falta de imunização preventiva. Sob esse viés, o filósofo Émile Durkheim [2] afirma que a sociedade é como um corpo biológico, onde as partes devem interagir para garantir a coesão e a igualdade. Dessa forma, sem o engajamento de todas as camadas sociais, o país pode voltar a sofrer com os efeitos ocasionados por doenças graves, como o sarampo, a poliomielite e a rubéola.
Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para que o problema seja resolvido. Para que isso ocorra, o Ministério da Saúde deve promover a melhoria do sistema público de saúde, por meio de investimentos direcionados às unidades básicas e às campanhas de vacinação, com o objetivo de ampliar a cobertura nacional de imunização, garantindo, assim, que todas as comunidades sejam contempladas. Além disso, as prefeituras devem criar um projeto voltado para a aproximação entre as famílias e as instituições de saúde, por intermédio de dias de conscientização e oficinas culturais, com a participação de profissionais da área, a fim de elucidar as massas e conscientizar a comunidade acerca dos benefícios da vacinação infantil, haja vista que, de acordo com o sociólogo Gilberto Freyre, o ornamento da vida está na forma como um país cuida de suas crianças. A partir dessas ações, espera-se promover uma retomada dos níveis de vacinação no país, de forma que o corpo social, idealizado por Durkheim, esteja plenamente saudável. [3