Sócrates experimentara o filosofar como pólemos, isto é, o embate e combate pela evidência e verdade (aletheia), contra o perigo da aparência e da opinião (doxa). E pautara esse filosofar “polêmico” (no sentido acima) no exercício do diálogo. Do diálogo socrático fazia parte a ironia. “No uso comum, a palavra ironia tem uma gama infinita de sentidos. Mas em todos eles perpassa uma atitude mental que considera o conhecimento uma névoa que embacia e deforma a realidade. Nossa existência-no-mundo, formada a partir dessa névoa, torna-se terrivelmente mesquinha. O pensador irônico percebe a mesquinhez de tal existência. Sócrates foi mestre da ironia porque, na discussão das palavras, conduzia a todos à evidência e à convicção do ‘sei que nada sei’”.
Arcângelo R. Buzzi. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. Petrópolis: Vozes, p. 82, 9.ª ed., 1998, p. 82 (com adaptações).
De acordo com as ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
a.
Toda opinião é necessariamente falsa, pois é baseada na aparência, e não na essência das coisas.
b.
A ironia em Sócrates tinha um sentido meramente depreciativo e, nesse sentido, era idêntica ao sarcasmo puro e simples.
c.
A ironia socrática era o modo de interrogar por meio do qual Sócrates levava o seu interlocutor ao reconhecimento de sua própria ignorância, fazendo a crítica das opiniões baseadas nas aparências assumidas pelos homens no cotidiano.
d.
Na concepção socrática, o não saber é mera ignorância, portanto é o maior impedimento ao pensamento filosófico.
e.
Para Sócrates, como educador, o importante era que o homem se tornasse capaz de ter opiniões sobre a realidade.
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Resposta:
toda opinião é necessáriamente falsa pois é baseada na aparência e não na e ñ na essência das coisas
mkaue15l:
Resposta correta é a C
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8
Resposta:C
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