RITUAL
Este corpo
que agora me veste
ainda é casca
e casulo
de um outro bicho
que cresce.
Esta capa
que me acompanha
desde os tempos
de criança
desce inútil
aos meus pés.
Sou a ponte
que me liga.
Sou o gesto
que me une
Sol e lua,
noite e dia.
Sou o fui
e o serei.
Este tempo
que me guarda
para um outro
amanhecer
é lembrança
e é promessa,
recordação
e esperança,
morte e vida
enoveladas
na meada
das mudanças
(TELLES, Carlos Queiroz. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna, 1992, p. 36-37.)
Na primeira estrofe do poema, o corpo é comparado a um casulo, a uma casca dentro da qual cresce um outro bicho. Que bicho está ainda dentro do corpo-casulo?
A borboleta.
Uma lagarta.
um/uma adolescente.
um/uma idosa.
O tempo.
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Resposta:
A borboleta/uma adolescente
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