Normalmente, a História é pensada como uma “narração das coisas que aconteceram”, ou seja, o passado como tal, como aconteceu realmente, ou sua reconstrução ou narrativa por um especialista (o historiador). Porém, os historiadores não narram ou reconstroem o passado, pela simples razão de que o passado nos é inacessível, não existe mais e não pode ser reavivado ou recuperado como realmente foi. O único acesso que temos ao passado é pelo presente, por objetos, textos ou recordações de indivíduos vivos que existem e que os historiadores, com seu olhar treinado, identificam como restos de um passado que não existe, como sobrevivências que podem ser tratadas como documentos.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Uma morfologia da História. Politeia, Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, p. 41-61, 2003. (adaptado)
Com base no texto,
a) explique a noção de fonte histórica que está subjacente às reflexões do autor;
b) cite duas modalidades de fontes históricas utilizadas pelos historiadores e explique a relevância dessas fontes para a interpretação dos acontecimentos passados.
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