• Matéria: História
  • Autor: shirley6895
  • Perguntado 4 anos atrás

tá assim um probleminha tá falando aqui que é para eu relatar tudo que eu já sei sobre o vírus e suas consequências Será que vocês Poderiam me ajudar​

Respostas

respondido por: GiselaMelo
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As consequências do novo coronavírus ao organismo podem variar desde um quadro leve ou assintomático até um completo “caos metabólico”, termo que ajuda a dimensionar o possível impacto da infecção em diversos órgãos e sistemas, comprometendo suas funções, o que pode levar até à morte. Porém, o legado da pandemia não vai se limitar às pessoas que adoeceram pela Covid-19.

De diversas maneiras, milhares de pessoas ao redor do mundo poderão ter suas vidas afetadas. Os indivíduos foram convidados a ficar em casa e evitar o contato com outras pessoas. Não há dúvidas de que essas medidas são cruciais para limitar a propagação do vírus, porém podem trazer grandes repercussões na rotina diária. Muitas pessoas também estão sofrendo com perdas pessoais, ou ainda interromperam o acompanhamento de doenças crônicas.

Sendo assim, a preservação da saúde entre aqueles não diagnosticados com a Covid-19 também é uma questão prioritária. O objetivo deste artigo é comentar como a pandemia, e não diretamente a infecção pelo novo coronavírus, pode afetar a saúde e a qualidade de vida da população, com possível impacto nas taxas de morbimortalidade em médio e longo prazo.


Pandemia de Covid-19 como gatilho no aparecimento ou piora de disfunções metabólicas
As mudanças nos hábitos de vida e no comportamento impostas pela pandemia levaram grande parte da população mundial a sofrer o impacto de uma série de fatores que, associados, se constituem em campo fértil para o ganho de peso e suas implicações metabólicas.

Ganho de peso
A obesidade também é uma pandemia que cresce rapidamente, com grandes consequências para a saúde pública. O acúmulo de gordura corporal, especialmente em território visceral, associado à redução da massa magra (obesidade sarcopênica), contribui para o agravamento da resistência à insulina e condições relacionadas.

Como consequência imediata do ganho de peso pode haver descontrole agudo de doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes, considerados fatores de risco para evolução mais grave da Covid-19, assim como acontece com a própria obesidade.

Já em longo prazo poderá haver incremento na incidência de doenças não transmissíveis (DNTs). Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), as DNTs foram responsáveis por 71% das mortes em todo o mundo.

As implicações do excesso de gordura corporal à saúde do indivíduo são inúmeras. A imagem abaixo, adaptada de artigo recentemente publicado na Endocrine Reviews, traz um resumo dos mecanismos que ligam o excesso de gordura corporal ao aumento do risco cardiovascular.

Por outro lado, a perda de peso melhora muitos resultados cardiometabólicos. Além disso, pacientes obesos que perdem 11% a 16% do peso inicial se beneficiam com redução da inflamação sistêmica e subcutânea do tecido adiposo. Aplicando-se o conhecimento existente para outras doenças infecciosas pode-se extrapolar à Covid-19 que, mesmo não chegando ao peso normal, o risco diminui a níveis semelhantes.

Facilitação para o ganho de peso na pandemia pode estar relacionada a diversos fatores, como os relacionados a seguir. Muitos desses fatores têm ainda efeitos independentes do ganho de peso no aumento do risco de DNTs.

Sedentarismo
Embora de natureza diferente, o mundo convive com outra pandemia há vários anos – a pandemia da inatividade física (IF) e do comportamento sedentário(CS). O problema agora de agrava por que muitas oportunidades de atividade física foram suspensas, como a educação física escolar e programações esportivas diversas, além do fechamento de academias de ginástica e parques públicos. A infraestrutura para ser fisicamente ativo, que já não estava sendo utilizada pela maioria da população global antes da Covid-19, foi significativamente reduzida.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 3,2 milhões de mortes por ano são atribuídas a esse comportamento prejudicial ao estilo de vida, e, infelizmente, todos os dados indicam que a pandemia do sedentarismo persistirá por muito tempo depois que nos recuperarmos da pandemia de Covid-19.

As Diretrizes de Atividade Física dos EUA de 2018 reconhecem que o aumento no movimento físico, mesmo que abaixo das metas recomendadas, traz benefícios significativos à saúde. Um estudo recente sugere que dar pelo menos de 4 mil passos por dia, em qualquer ritmo (o que pode ser feiro em casa), melhora significativamente a saúde em longo prazo. A população deve ser aconselhada a “sentar-se menos e mover-se mais”.


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