Respostas
Resposta:
O surgimento das teorias iluministas, conforme sabemos, serviu de base para a maioria dos argumentos que criticaram a vigência dos regimes absolutistas europeus. Por conta de suas justificativas religiosas e a opressão do poder centralizado, o regime monárquico era visto como um enorme entrave para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e racional. Dessa forma, podemos chegar ao ponto de acreditar que os regimes absolutistas tinham completa aversão às teorias do iluminismo.
Explicação:
Curiosamente, o despotismo esclarecido parecia fazer uma escolha pontual das ideias do iluminismo, afastando qualquer tipo de medida que viesse a ameaçar ou diminuir a autoridade do rei em seu país. Além disso, no momento em que pregava a expansão das atividades econômicas, o despotismo esclarecido acabou amenizando as tensões políticas que pudessem se colocar entre a burguesia e a realeza.
Observado o desenvolvimento de tal tendência na Europa, podemos compreender que a penetração de valores iluministas nos governos monárquicos não aconteceu de forma semelhante. Na França, o amplo poder real e a irredutibilidade mediante as manifestações populares criaram o ambiente de tensões que desembocou no desenvolvimento da Revolução de 1789. Décadas mais tarde, as outras monarquias ruíram por meio da inspiração francesa.
Entre os principais governos marcados pelo despotismo esclarecido, podemos destacar os monarcas Catarina II da Rússia, Dom José II de Portugal (influenciado pelo ministro Marquês de Pombal), Frederico II da Prússia, José II da Áustria e Carlos III da Espanha (orientado pelos conselhos do ministro Conde de Aranda).