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Em grande parte do mundo, o simples fato de ser mulher é um desafio muito grande. Pouca inserção no mercado de trabalho, cargos e salários desiguais aos dos homens, poucas oportunidades, falta de respeito, violência, feminicídio, assédio, entre tantos outros percalços fazem parte da vida das mulheres até hoje.
Apesar de uma consciência dessas problemáticas e de ações para mudá-las estejam tomando corpo gradativamente, muito ainda tem que ser feito para a igualdade de gênero ser alcançada de fato.
No esporte, essa disparidade e a dificuldade de inserção e destaque feminino podem ser facilmente observadas. Antigamente, a maior parte das modalidades era composta apenas por times masculinos, como futebol, por exemplo, já que era considerado um esporte “de homem”. E esse conceito surgiu bem lá atrás, na Grécia Antiga, onde se acreditava que as mulheres ficariam masculinizadas com exercícios, além de considerarem que elas não tinham condições físicas para a prática de esportes.
Mais próximo da atualidade, a própria legislação do Brasil, no período em que os militares estiveram no poder, determinava que esportes como o jiu-jitsu, futebol, entre outros eram proibidos para mulheres. Veja:
“Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país” (DECRETO-LEI Nº 3.199, DE 14 DE ABRIL DE 1941).
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