• Matéria: Artes
  • Autor: sarakalcantara
  • Perguntado 4 anos atrás

TEXTO II

A inspiração súbita e certeira do compositor

serve ainda de exemplo do lema antigo: nada

vem do nada. Para ninguém, nem mesmo para

Tom Jobim. Duas fontes são razoavelmente

conhecidas. A primeira é o poema O caçador de

esmeraldas, do mestre parnasiano Olavo Bilac:

“Foi em março, ao findar da chuva, quase à

entrada/ do outono, quando a terra em sede

requeimada/ bebera longamente as águas da

estação [...]”. E a outra é um ponto de

macumba, gravado com sucesso por J. B.

Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é pedra, é

seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo”.

Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom;

mas o que se vê em Águas de março vai muito

além: tudo se transforma numa outra coisa e

numa outra música, que recompõem o mundo

para nós.

NESTROVSKI, A. O samba mais bonito do

mundo. In: Três canções de Tom Jobim. São

Paulo: Cosac Naify, 2004.

Ao situar a composição no panorama

cultural brasileiro, o Texto II destaca o(a)

(A) singularidade com que o compositor

converte referências eruditas em populares.

(B) relativização que a letra da canção promove

na concepção tradicional de originalidade.

(C) diálogo que a letra da canção estabelece

com diferentes tradições da cultura nacional.

(D) resgate que a letra da canção promove de

obras pouco conhecidas pelo público no país

(E) caráter inovador com que o compositor

concebe o processo de criação artística​

Respostas

respondido por: brainlyuser334
6

Resposta:

Letra (C) Diálogo que a letra da canção estabelece com diferentes tradições da cultura nacional.

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