• Matéria: Filosofia
  • Autor: targinomikaelly
  • Perguntado 4 anos atrás

Como foi dito no final do último texto, Socrátes foi o grande e senão o maior filósofo da Antiguidade  Grega.  Sócrates viveu uma vida dedicada à busca da verdade. Tão dedicada que ele não nos deixou nenhum material escrito de próprio punho. Sócrates, segundo o texto “apologia”, de Platão, sabia que a Pítia do templo de Apolo (a sacerdotisa que fazia as previsões do oráculo) teria dito que não havia homem mais sábio do que ele. Ele, porém, não acreditou nesse oráculo e saiu em busca de homens mais sábios do que ele. A verdade desse relato sobre o que motivou Sócrates a iniciar a sua jornada filosófica é menos importante do que sua conclusão: em busca por pessoas verdadeiramente sábias, Sócrates ficou de mãos abanando.
              Sócrates tinha um método: interrogar as pessoas sobre aquela área do conhecimento da qual se diziam especialistas. Entretanto, não bastava que as pessoas falassem de sua área de modo específico, pois Sócrates buscava definições universais. Então, não bastava que um artista tivesse uma concepção  de belo que explicasse apenas um caso específico. Para passar pelo crivo, uma boa definição de algo deve servir para explicar todas as ocorrências daquela coisa.
              PARE e PENSE: Hoje, tendemos a achar que a beleza é algo “que está nos olhos de quem vê”, que é relativo ao sujeito que significa algo como belo. Conceitos como a beleza parecem funcionar bem sendo relativos ao gosto pessoal. Conceber a beleza dessa forma abre a possibilidade de compreender diferentes corpos e pessoas como sendo igualmente bonitos. Porém, outros conceitos investigados por Sócrates não parecem funcionar bem se forem tomados como valores absolutamente relativos. A justiça, por exemplo, parece ser um deles. Até hoje, a busca por conceitos universais é atrativa à curiosidade humana, ainda que aparentemente inatingível.
              Para a surpresa de Sócrates, os seus interlocutores, conhecidos por todos como sábios, falharam em suas tentativas. Esse fato faz com que ele reavalie a previsão do oráculo. Sócrates deve ter pensado algo como: Quem sabe a Pítia não quis dizer que um homem é sábio quando não crê que sabe aquilo que não sabe? Se ela quis dizer algo nesse sentido, posso admitir que sou mais sábio do que aqueles que creem que sabem aquilo que não sabem.
              Sócrates, portanto, parece ser um sábio sem respostas para as questões que formula. Com isso, não quero que você chegue a conclusão de que o conhecimento sobre as questões de filosofia é impossível. Pelo contrário, quero que você perceba a valiosa lição de Sócrates para a filosofia: ADMITIR A PRÓPRIA IGNORÂNCIA SOBRE UM ASSUNTO É PRESSUPOSTO PARA QUE SE POSSA BUSCAR UM CONHECIMENTO VERDADEIRO SOBRE ELE. Do contrário, quando alguém acha que sabe algo sobre um assunto sem checar se esse saber é verdadeiro, além de resultar em um engano, também não fará nada para corrigi-lo.

Anexos:

Respostas

respondido por: mateusalmeifadinsi
1
tô com preguiça de ler , me desculpe

targinomikaelly: obg lkkk eu ja resolvi
mateusalmeifadinsi: ._.
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