1. Como explicar essa diferença de ideias para as composições do mesmo autor? *
1 ponto
a) Ambas letras têm o mesmo assunto: a vida de uma pessoa comum; portanto, não há diferenças. Ambas retratam o modelo de trabalhador que o DIP desejava como modelo para o país.
b) A presença da censura do DIP. A música “Lenço no pescoço” não combina com a política de incentivo ao trabalho e de valorização do trabalhador de Getúlio Vargas; por isso, para ter suas composições liberadas pela censura, Wilson Batista teve de mudar o tema.
c) A presença da censura do DIP. A música “Bonde de São Januário” não condiz com a política trabalhista de Getúlio Vargas. O DIP recomendava que as letras das músicas incentivassem uma vida fácil.
d) A música “Bonde de São Januário” foi composta primeiro, num período de total liberdade para a população, conhecido como Governo Provisório. Já a música “Lenço do pescoço” foi composta em 1933, um período de grande repressão da censura do DIP.
"O primeiro carnaval institucionalizado do Estado Novo teve como vencedora a Estácio de Sá (Escola de Samba) que, cumprindo as regras estabelecidas pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), trouxe para as ruas um enredo de fundo histórico e nacional, repleto de referências aos heróis da monarquia brasileira. Entendido como mais uma exigência a ser cumprida para vencer a competição anual – como harmonia, adereços, bateria, etc. – aparecia o novo quesito do conhecimento histórico."
CUNHA, Maria Clementina Pereira. Folcloristas e historiadores no Brasil: pontos para um debate. In: Projeto História, São Paulo (16), fev. 1998, p. 176.
2. O trecho acima revela a influência do Estado Novo em uma das mais notáveis manifestações culturais brasileiras, o carnaval. Sobre essa política cultural do Estado Novo, apresentada no texto, por que interessava ao governo do Estado Novo inserir o conhecimento histórico como um dos quesitos de julgamento das escolas de samba? *
1 ponto
a) Mostrar que a História do Brasil caminhou no sentido de mostrar que Getúlio Vargas estava destinado a governar o Brasil e, por isso, a população deveria segui-lo e obedecê-lo.
b) Getúlio Vargas tentou impor a cultura do samba e carnaval em nossa história. Tradicionalmente, os brasileiros não gostavam nem de samba e nem de carnaval, sendo muito mais ligados ao tango como ritmo musical.
c) O DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) fez grande defesa da influência da cultura europeia no Brasil. A cultura europeia era vista como superior e seria sinal de nosso crescimento e evolução.
d) O samba e o carnaval, como elementos de consumo nacional, passaram a ter seus temas controlados pelo Estado, com o intuito de forjar uma identidade brasileira ou nacional sob controle do governo.
Respostas
Resposta:
1. RESPOSTA b) A presença da censura do DIP. A música “Lenço no pescoço” não combina com a política de incentivo ao trabalho e de valorização do trabalhador de Getúlio Vargas; por isso, para ter suas composições liberadas pela censura, Wilson Batista teve de mudar o tema.
2.RESPOSTA d) O samba e o carnaval, como elementos de consumo nacional, passaram a ter seus temas controlados pelo Estado, com o intuito de forjar uma identidade brasileira ou nacional sob controle do governo.
Explicação:
1.O DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) foi criado em 1939 para promover o governo do Estado Novo e censurar o que fosse contrário aos interesses do governo. No caso das letras, percebe-se a defesa do trabalhador na segunda música, como característica da influência da ação do DIP.
2.O samba e o carnaval passaram a ter seus temas controlados pelo Estado, com o intuito de forjar uma identidade brasileira ou nacional sob controle do governo. Assim como a construção do samba, como autêntica música brasileira, o carnaval carioca entrou para o calendário turístico do Rio de Janeiro. As escolas de samba receberam patrocínio do Estado e em contrapartida deveriam abordar temas nacionais. Uma das funções do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) era exaltar o país, valorizando os símbolos e emblemas nacionais.
1. Explica-se pela censura do DIP. A música "Lenço no pescoço" não combina com a política de incentivo ao trabalho e de valorização do trabalhador de Getúlio Vargas; por isso, para ter suas composições liberadas pela censura, Wilson Batista teve de mudar o tema. Alternativa B.
"Lenço no pescoço" é uma música que exalta a figura do malandro, muito comum no Rio de Janeiro do começo do século XX. Mas a malandragem contradizia a política trabalhista de Vargas, por isso, as canções sobre malandragem foram censuradas. Wilson Batista se adaptou a isso e compôs um samba sobre o trabalhador.
2. Na Era Vargas, o samba e o carnaval, como elementos de consumo nacional, passaram a ter seus temas controlados pelo Estado, com o intuito de forjar uma identidade brasileira ou nacional sob controle do governo. Alternativa D.
Tanto o samba como o carnaval se popularizavam cada vez mais ao longo dos anos 1920 até 1940. Assim, o governo Vargas buscou controlar os temas representados ali para construir uma narrativa sobre o Brasil, exaltando aspectos que eram interessantes para sua política.
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