Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
– Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas; não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
– Pois então para de empurrar a cadeira.
– Eu vou embora – foi a resposta.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão.
– Viu um menino saindo desta casa? Gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
– Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. [...]
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a despensa.
– Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
– Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
E o barulho recomeçou.
(P090070B1) O conflito gerador desse texto tem início quando o menino
A) arruma uma trouxinha de coisas.
B) começa a empurrar a cadeira.
C) continua a empurrar a cadeira.
D) cumpre a ameaça de ir embora.
Respostas
respondido por:
19
Resposta:
Letra b
Explicação:
Foi o começo de tudo
respondido por:
3
Resposta:
b
Explicação:confia
nathangcabelo03:
ei vc pode me ajudar , Preciso da continuação desse texto
Perguntas similares
4 anos atrás
4 anos atrás
4 anos atrás
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás