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David Hume é conhecido por seu ceticismo quanto à nossa capacidade de conhecer a realidade que nos cerca. Chegou a negar que a causalidade seja um aspecto objetivo e afirmou que a razão está subordinada aos aspectos conativos da psicologia humana. Essa interpretação aproxima-o da tradição sentimentalista, especialmente após ler Anthony Ashley Cooper (Conde de Shaftesbury) e continuar a proposta de Francis Hutcheson. Suas observações morais influenciaram Adam Smith, que foi um amigo próximo, e, recentemente, muitas teorias metaéticas.
Decidiu desde jovem a dedicar-se aos estudos e planejou tornar-se um intelectual. Sua primeira obra, em todo caso, não teve boa recepção, mas, logo depois, foi considerado um dos pensadores mais difíceis de ser refutado. Sabe-se que seu estudo sobre os limites epistemológicos da mente humana foi influenciado pela máxima de Isaac Newton: Hypotheses non fingo (Não adoto hipóteses), baseando-o, assim, em um modelo experimental. Sua crítica a toda metafísica e a perspectivas dogmáticas é mencionada por Immanuel Kant como um fator de reviravolta em seu pensamento.
David Hume enfatizou a influência da experiência em muitas das nossas operações mentais.
David Hume enfatizou a influência da experiência em muitas das nossas operações mentais.
Biografia de David Hume
David Hume nasceu em abril de 1711, em Edimburgo (Escócia), e foi batizado no mesmo dia. Viveu sua infância em Ninewells, região localizada na atual cidade de Dundee (Escócia). Seus pais, Joseph Home e Katherine Falconer, tiveram ainda John e Katherine. Seu pai faleceu em 1713, e foi sua mãe quem ficou responsável pelos filhos, incluindo a educação.
Com 11 anos, é enviado junto com o irmão para ter aulas na Universidade de Edimburgo, em especial de grego e latim, vindo a matricular-se em Direito em 1726. Enquanto considerava o curso de Direito desgastante, seu interesse por literatura e filosofia aprofundava-se. Já havia adquirido gosto pela leitura de Cícero e outros autores clássicos.