LÓGICA DA VINGANÇA
No nosso cotidiano, estamos tão envolvidos com a violência, que tendemos a acreditar que o mundo nunca foi tão violento como agora: pelo que nos contam nossos pais e outras pessoas mais velhas, há dez, vinte ou trinta anos, a vida era mais segura, certos valores eram mais respeitados e cada coisa parecia ter o seu lugar.
Essa percepção pode ser correta, mas precisamos pensar nas diversas dimensões em que pode ser interpretada. Se ampliarmos o tempo histórico, por exemplo, ela poderá se mostrar incorreta.
Em um dos volumes da coleção História da vida privada, Michel Rouché afirma, em seu artigo sobre a criminalidade na Alta Idade Média (por volta do século VI), que, se fôssemos comparar o número de assassinatos que ocorriam naquele período, proporcionalmente à população mundial de então, com o dos dias atuais, veríamos que antes eles eram bem mais comuns do que são agora. Segundo esse autor, naquele época, “cada qual via a justiça em sua própria vontade”, e o ato de matar não era reprovado - era até visto como sinal de virilidade: a agressividade era uma característica cultivada pelos homens, fazia parte de sua educação.
O autor afirma, ainda, que torturas e assassinatos, bastante comuns naqueles tempos, ocorriam em grande parte por vingança: “Cometido um assassinato, a linhagem da vítima tinha o imperioso dever religioso de vingar essa morte, fosse no culpado, fosse num membro da parentela”.
Realizada a vingança e assassinado o culpado da primeira morte, a mesma lógica passava a valer para parentes deste, que deveriam vingá-lo, criando assim uma interminável cadeia de vinganças, que podia estender-se por várias gerações.
(A. Buoro/R Schilling/H. Singer/M. Soares)
1) Explique, de acordo com o texto, qual era a lógica da vingança na Alta Idade Média.
R:
2) O uso de aspas, em alguns segmentos do texto, indica que:
a) devem ser lidos com mais atenção.
b) são reproduções do texto de outro autor.
c) foram traduzidos de outra língua.
d) correspondem a textos antigos.
e) mostram o mais importante do conteúdo.
3)”No nosso cotidiano...”; o vocábulo cotidiano, nesse caso, corresponde a:
a) mundo atual
b) atividade profissional
c) relações familiares
d) nas notícias dos jornais
e) dia a dia
4) Quando no texto se usa a forma da primeira pessoa do plural, em “No nosso cotidiano, estamos tão envolvidos com a violência...”, isto se refere a:
a) todos os cidadãos brasileiros.
b) cidadãos que foram vítimas da violência.
c) vítimas do trânsito.
d) ele mesmo e aos leitores, em geral.
e) cidadãos de hoje e de antigamente.
5) O autor citado no texto diz que os assassinatos eram bem mais comuns na época antiga do que agora, mas isto só pode ser afirmado:
a) porque naquela época não havia estatísticas de registro de crimes.
b) levando-se em consideração a proporção populacional das duas épocas.
c) porque hoje não é mais aceita a lógica da vingança.
d) se acreditarmos no que nos dizem os mais velhos.
e) considerando-se que a população antiga era mais violenta que a atual.
6)”...que, se fôssemos comparar o número de assassinatos que ocorriam naquele período, proporcionalmente à população mundial de então, com o dos dias atuais, veríamos que antes eles eram bem mais comuns do que são agora.”; nesse segmento do texto, o vocábulo que não indica tempo é:
a) período
b) então
c) dias atuais
d) antes
e) proporcionalmente
7) “Segundo esse autor...”; o vocábulo correspondente a segundo, nesse caso, é:
a) para
b) quando
c) conforme
d) se
e) embora
8- Escreva um texto falando sobre a violência nos dias de hoje, tente apontar as causas e consequências desse problema.
Orientações:
- Seu texto deve ser dissertativo-argumentativo, ou seja, expor seu conhecimento sobre o tema e argumentar para defender seu ponto de vista;
- Crie um título para seu texto;
- Organize-o em parágrafos;
- Redija seu texto em 3ª pessoa. Exemplo: A violência assusta a humanidade...
- Não use expressões como: Eu acho..., acreditamos ..., pois estão em 1ª pessoa.
- Mínimo 12 linhas.
Respostas
respondido por:
3
Resposta:
1) A lógica era que a família da vítima deveria matar o culpado pela morte da vítima e assim se repetindo eternamente.
2)Letra B
3)Letra E
4)Letra D
5)Letra B
6)Letra E
7)Letra C
O texto eu tô sem tempo foi mal ;)KK
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