Question

2) Leia o fragmento retirado da crônica “Duas mãos postas”, de Nelson Rodrigues, observando a transitividade dos verbos. (4,0)

"Eu rezo! Eu acredito na força da oração!” Quem falava assim, e trêmulo de fé, não era o vizinho do lado, nem o açougueiro da esquina, nem o português do botequim. Não. Era d. Hélder, sim, sim, exatamente d. Hélder e não qualquer um. Eu pedia por alguém e repito: alguém da minha amizade ou, melhor dizendo, alguém do meu amor.
E que fiz eu? Fiz a opção entre o d. Hélder e o d. Marcos Barbosa (o que me fascina neste último é o sorriso de Manuel Bandeira). Acabei ligando para d. Hélder Câmara. Contei-lhe tudo, tudo. Disse: – “Há uma moça assim, assim, que eu amo. Que é tudo para mim. Esta moça está sofrendo. E eu queria que o senhor fosse vê-la. Faz isso para mim, d. Hélder, faz?”

RODRIGUES, Nelson. O óbvio ululante: Duas mãos postas. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 46.

Nesse fragmento, um verbo que é classificado como intransitivo é:

A) ( ) “contei”, pois deve ser seguido pelo pronome oblíquo “lhe”.
B) ( ) “fiz”, porque se apresenta como núcleo do sintagma verbal.
C) ( ) “pedia”, porque representa, sozinho, o predicado da oração.
D) ( ) “rezo”, pois tem sentido completo, sem exigir complemento.

Answer 1

Resposta:d( rezo...)

Explicação:pois o verbo rezar ñ exige complemento

Answer 2

O verbo intransitivo é:

D) “rezo”, pois tem sentido completo, sem exigir complemento.

Explicação:

Na oração "Eu rezo!", não há complemento para o verbo rezar.

Note que a ação de rezar não transita, não vai para outro ser (quem reza, reza).

Mesmo que alguém diga: "Eu rezo por você", o termo destacado não é complemento verbal, mas sim adjunto adverbial de finalidade (você é o objetivo da minha reza).

Por isso, trata-se de um verbo intransitivo.

Os outros itens:

a) contar - verbo transitivo direto e indireto

b) fazer - verbo transitivo direto

c) pedir - verbo transitivo direto

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