Respostas
Resposta:
oi.
Explicação:
De lá para cá, segue a luta por melhorias na educação indígena. O objetivo é que todos tenham acesso à aos estudos, principalmente as crianças que vivem com os pais nas comunidades mais distantes. Muitas vezes, quando não há escola na própria comunidade, é preciso deslocar os estudantes para uma cidade próxima.
A estudante indígena de nome social Valéria Truká ingressou na Universidade Estadual do Estado da Bahia (UNEB) pelo sistema de cotas e ressalta a questão do preconceito ainda embutido em uma sociedade que se diz globalizada. "Eu sofri preconceito pela cor, porque existe um estereótipo formado do perfil de uma pessoa indígena. Já escutei piadinhas por usar computador e ter um celular bom, só que esquecem que eu trabalhei para comprar. Por que sou indígena não posso ter uma coisa melhor? Isso me machucava muito na época. Hoje já vejo de uma forma mais madura, não ligo tanto", comenta.
Valéria acredita que o caminho para melhorar o acesso à educação nas comunidades indígenas é a implementação de escolas na própria comunidade, bem equipadas, para evitar que essas crianças percam a essência da sua tradição. A inquietação é tamanha que a universitária pensa em trocar o curso de Nutrição por Pedagogia. "Quero me envolver mais com minha descendência. Penso em ser professora, para atuar com o público indígena. Quero fazer o que estão fazendo lá na aldeia, colocar o quadro de professores na própria comunidade e trabalhar com os jovens de maneira mais centrada. Eu penso em voltar para a minha aldeia mas posso trabalhar em outra também. O certo é que quero trabalhar com a comunidade indígena" afirma com determinação.