• Matéria: História
  • Autor: P0laar
  • Perguntado 4 anos atrás

Algm resume esses tópicos pra mim?

- Ao tratar do povoamento da América podemos citar algumas teorias que buscaram comprovar a existência de vida nessa região. Dentre as teorias apresentadas podemos citar a Teoria de Bering, onde se forma, na era glacial, uma ponte que dá passagem da Ásia para a América. Foram encontrados artefatos de pedra e ossos na região conhecida como Clóvis, dando origem a teoria do mesmo nome. Vestígios de assentamentos humanos são estudados na teoria de Piedra Museo e Los Toldos. A teoria de Lagoa Santa apresenta indícios humanos semelhantes aos encontrados na região asiática.
- Inicialmente os humanos eram nômades, ou seja, não havia fixação em um determinado local. A incidência de objetos, ossos, vestígios em diversos locais do planeta comprova que o homem pré-histórico se movia com frequência, construía abrigos e ferramentas para se proteger dos inimigos.
- Em escavações realizadas a partir do século XIX e estendendo-se até o século XX, cientistas descobriram o crânio de uma mulher com semelhanças dos vestígios encontrados na Ásia. O crânio de Luzia nos leva a crer que a teoria de Bering pode ter sido uma realidade.
- No Brasil, especificamente no Estado do Piauí, foram encontradas pinturas rupestres, o que nos leva a crer na presença humana na América.
- Em localidades próximas a rios, mares e lagos foram encontrados montes de material orgânico e conchas, o que denominamos Sambaquis.

Respostas

respondido por: poquitiago
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Resposta:

história americana, em princípio, foca suas discussões sobre o período em que os primeiros homens pré-históricos ocuparam nosso continente. Esse assunto conta com diferentes pesquisas que indicam datas que variam entre 20 e 35 mil anos atrás. Investigações científicas ainda mais recentes trabalham com um período de 50 mil anos atrás.

Alguns cientistas trabalham com a hipótese de que a América, assim como os continentes africano e asiático, contava com populações próprias ou nativas. No entanto, a tese do autoctonismo não conta com afirmações materiais, pois ainda não foram encontrados fósseis humanos anteriores ao do Homo sapiens sapiens. Com isso, as correntes teóricas que defendem que grupos humanos teriam migrado de outros continentes para a América ganham maior destaque.

A teoria migratória de maior destaque acredita que os primeiros grupos humanos a chegar ao continente contavam com semelhanças físicas próximas das populações mongolóides e pré-mongolóides da Ásia. A chegada desses povos à América aconteceu graças ao congelamento do Estreito de Bering, que separa o continente asiático da porção norte da América. Há cerca de 12 mil anos, o congelamento do Estreito e a baixa no nível das águas do Oceano Glacial Ártico permitiram a migração do homem pré-histórico asiático para a América.

Os defensores dessa tese migratória se embasam nos vestígios pré-históricos encontrados no sítio de Clóvis, localizado no Novo México (EUA). No entanto, essa tese sofre grande questionamento. Uma dessas suspeitas sobre a Teoria do Estreito de Bering aconteceu quando, em 1975, o fóssil de uma mulher foi encontrado na região de Lagoa Santa, situada no estado brasileiro de Minas Gerais. Apelidada de “Luzia”, o antigo fóssil tem uma datação equivalente a dos primeiros povos a ocuparem a América do Norte. Além disso, seus traços são negróides como os das populações do continente africano ou dos aborígines australianos.

Baseado nessa descoberta revolucionária, a comunidade científica trabalha com uma terceira hipótese. De acordo com esses estudos, as populações que ocuparam primeiro o continente vieram de regiões do sul asiático, da Polinésia e da Oceania. Tais grupos humanos teriam se deslocado por meio de navegações feitas em embarcações de pequeno porte. Com o passar do tempo fixaram-se no litoral leste do continente americano e, posteriormente, buscado áreas pelo interior da América.

Sem chegar a um consenso final, as pesquisas arqueológicas e paleontológicas continuam na América. Cada dia, novas descobertas vão ampliando o debate sobre os povos formadores do nosso continente. Dessa forma, muitos vestígios pré-históricos americanos ainda esperam seu encontro com o homem contemporâneo.

Por Rainer Sousa

Graduado em História

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