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O Brasil Pré-Colombiano apresentava várias tribos indígenas, cada qual com as suas particularidades em relação ao modo de constituir suas moradias. Não temos registros de legados arquitetônicos mais sólidos e de maior complexidade análogos às reduções maias e astecas, por exemplo, povos estes, que habitaram o vasto território das Américas. Basicamente, a constituição das habitações de nossos índios resumia-se às ocas ou malocas. Há, ainda, registros de palafitas nas áreas mais pantanosas, onde o objetivo era a proteção de ataques inimigos e de animais.
Em razão da vasta área de nosso país, à diversidade de tribos e à falta de registros mais apurados, ficamos impossibilitados de fazer menções precisas acerca das diferentes tipologias habitacionais. As referências deixadas pelos colonizadores dão conta de que as ocas eram grandes espaços coletivos que circundavam uma praça central onde acontecia a vida social. As ocas eram habitadas pela tribo em um sistema comunitário. Tais habitações podiam ter até 30 metros de extensão por 10 metros de altura sem divisões internas.
No livro de Gilberto Freire, Casa Grande & Senzala, temos a definição de que as ocas eram constituídas por planta térrea, com paredes de caibros de madeira de cipó, timbó e sapé, com entrelaçamento de fibras vegetais e com coberturas generosas de palha.
Quanto à morfologia das casas indígenas, temos basicamente a planta em formato circular, elíptica ou retangular. Da mesma forma que os seus ancestrais, nossos índios buscavam nas moradias o abrigo contra o clima, defesa de inimigos da mesma espécie e da espécie animal. Sua inserção se dava no meio em que viviam e a constituição da moradia, bem como os materiais e técnicas de execução seguiam a simplicidade peculiar de sua vida nômade.