(Unitau SP/2018)
O cônsul, ao partir com seu exército, parece ter, efetivamente, autoridade absoluta em todos os assuntos; na verdade, contudo, depende do apoio do povo e do Senado, e não é capaz de levar adiante as operações de guerra sem a colaboração de ambos, pois, obviamente, as legiões necessitam de suprimentos constantes que dependem do Senado. É absolutamente indispensável aos cônsules conquistar a simpatia do povo, pois é este que ratifica ou rejeita as condições de paz e de tratados.
O Senado, por sua vez, é obrigado a estar atento ao povo nas questões de interesse público. Se um só dos dez tribunos da plebe se opuser, o Senado é incapaz de decidir em última instância sobre qualquer assunto graças ao seu poder de veto.
Igualmente, o povo, por seu turno, é submisso ao Senado e respeita-lhe os membros seja em público, seja na vida privada. Nenhum dos poderes predomina sobre os outros nem pode desprezá-los.
A partir da leitura do texto, infere-se que Políbio defende a seguinte premissa:
A) O cônsul é a autoridade sobre os assuntos de guerra, e depende do Senado apenas para o fornecimento de suprimentos.
B) Os cônsules dependem da simpatia do povo para conseguir o apoio de suas legiões.
C) O Senado é o órgão máximo da República, e os tribunos da plebe ratificam suas decisões.
D) Há um equilíbrio entre cônsules, senadores e povo, o que legitima a república como tipo de governo vinculado aos interesses públicos.
E) Senado, cônsules e povo decidem conjuntamente sobre as condições de paz e os tratados.
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Letra D
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