• Matéria: Português
  • Autor: viiihsilva116
  • Perguntado 4 anos atrás

alguém pode me ajudar ??
AS LARANJEIRAS ABUSO urbano nos faz esquecer que a cidade nada mais é do que uma coincidência entre o solo e o céu, entre a vegetação e o ar. Quando a pedra não domina, parece que há cidade pequena: tal seria o preconceito de Portland. O vasto campo, embora esplêndido como o do Rio de Janeiro, faz crer que a cidade é rústica, para a qual há um milagre do concerto municipal à vista, uma luta incessante contra uma natureza insaciável. O grande céu, embora tão solene como no México, torna mais forte que a cidade esteja meio construída, ainda que se aviste o prodígio de uma arquitetura única na América, mas a cidade nada mais é do que um certo organismo de funções. O desempenho eficaz dessas funções é o que importa. A própria Paris, uma cidade entre cidades, de repente dá a impressão de uma coisa do campo. Tem sentido, mesmo sem conhecê-la, quem já viveu o ambiente de seus romances. E Larbaud certa vez se divertiu em fabricar, em Paris, um feriado em um vilarejo com seu pequeno spa medicinal. Gautier foi capaz de nos dar, em seu Bando intime, um "bestiário" interno. Não é paradoxal examinar a pedra, a fauna e a flora do vale ou da encosta íngreme que dá abrigo à cidade. No Rio de Janeiro ainda é legal - ambições desmedidas - buscar esses exemplares da natureza dentro da própria área urbana, nas ruas e nas casas: até onde se encontram, as forças da serra e do campo assomando. em toda parte, do mar e do céu.Cuidado para não misturá-los na salada, Pela serra cortada, ao fundo, Seja a velha Rua das Laranjeiras: seja, nela, o palácio imperial em Buenos Aires, são pagos a preço de ouro - eles vão à cozinha, e Há banquetes para criados a cavalo.Sem sair daqui, a história natural chega até nós. As flores da véspera de Natal - as estrelas federais e a espaçosa sala de jantar Paul Morand me aconselha a cuidar do meu - com seu ar ainda oleoso - em que vivemos e na qual costumamos organizar caças noturnas de camarão. Talvez tenhamos encontrado um recife de coral escondido sob uma pedra. Ao menor descuido, brota uma planta na sala ou, no telhado, um arbusto.Neste momento levanto os olhos: um lagarto correu pela parede da minha biblioteca. Duas palmeiras reais, cobertas de parasitas ferozes, ficam de guarda diante de minhas janelas, e o canto trêmulo do ireré vem do jardim. O ireré é um pássaro aquático que tem a timidez de uma perdiz, uma cor dourada no fogo escuro , uma pequena máscara branca, olhos redondos em êxtase, sandálias de borracha azuis espaçosas e uma música que imita exatamente o esfregar de espadas.
QUESTÕES
1 Resuma em uma única frase o tema principal da crônica de Alfonso Reyes. 2 A crônica começa com uma reflexão sobre o que é uma cidade. Reproduz duas das definições oferecidas pelo autor.
3 Como vimos anteriormente, o ponto de vista subjetivo é fundamental na crônica. Neste texto, duas pessoas no discurso se alternam, quais? Escreva dois trechos que verificam seu​

Respostas

respondido por: Scorpionático
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Resposta:

1 = A observação das belezas das paisagens urbanas.

2 = definição 1:

"a cidade nada mais é do que uma coincidência entre o solo e o céu, entre a vegetação e o ar."

definição 2:

"mas a cidade nada mais é do que um certo organismo de funções."

3 = (Não consegui identificar essa alternância não :/ )

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