Brasil na Nova Ordem Mundial
Entende-se por Nova Ordem Mundial o contexto econômico, político e militar entre os Estados no plano internacional no período que sucede a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, em que o sistema capitalista se consolidou, até o momento, como a premissa dominante e os Estados Unidos como a principal potência mundial. [...]
Nesse contexto, o papel do Brasil na Nova Ordem Mundial pautou-se em transformações em seu comportamento político e econômico.
[...] o Brasil passou a compor duas frentes internacionais de contraposição ao domínio dos países desenvolvidos. De um lado, o país integrou a retomada de ideais de esquerda que passaram a compor boa parte da América Latina, estabelecendo uma medida de contestação, sobretudo, aos Estados Unidos, o que teve maior representatividade no fracasso da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Por outro lado, o país também integrou o grupo dos chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em que as principais economias emergentes se uniram de modo informal em uma posição de ações estratégicas do contexto econômico e político internacional. [...]
PENA, Rodolfo F. Alves. Brasil na Nova Ordem Mundial. Mundo Educação, s.d. Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2021. Fragmento.
De acordo com esse texto, no contexto da Nova Ordem Mundial, o Brasil
A)busca melhores condições para promover o seu desenvolvimento interno.
b)cria alianças militares internacionais para se defender contra as nações hegemônicas.
C)expande suas empresas transnacionais para disputar com a economia estadunidense.
D)faz acordos com países socialistas para mudar o sistema econômico vigente.
Respostas
Resposta:
a a busca melhores condições para promover o seu desenvolvimento interno
Entende-se que o Brasil busca melhores condições para promover o seu desenvolvimento interno. Logo, a alternativa A pode ser considerada a correta.
A Nova Ordem Mundial, geralmente considerada como a consolidação do capitalismo americano pós-Guerra Fria, esconde uma complexa série de questões que inibem, na realidade, a continuidade da Guerra Fria por outros meios, geralmente não propagados pelas mídias tradicionais.
O papel do Brasil, conforme mostra o texto, foi, durante as últimas três décadas, agir conforme os ideais de esquerda - contestação ao liberalismo - e, teoricamente, unir-se às economias emergentes. Tais economias, contudo, são, em sua esmagadora maioria, ditadas por políticas ideologicamente marxistas: Rússia e China sendo os maiores exemplos com suas histórias de genocídio e fome durante o século XX de U.R.S.S. e Mao Tsé-Tung.
A Nova Ordem, assim, mais do que este período batizado de "pós-história", como disse Francis Fukuyama ao comentar o suposto fim de Guerra Fria, mostra-se apenas a continuação, por meios econômicos e culturais, desta mesma Guerra Fria: no cenário pacífico em que o conservadorismo e o modo de vida americano-ocidental parecem ter saído vencedores, erguem-se blocos imperialistas com diversos interesses:
- metacapitalismo globalista, cujo objetivo é diluir as soberanias nacionais por meio de instituições supranacionais burocráticas e não eleitas, como a ONU e a OMS. Seus principais agentes seriam os empresários multibilionários, como George Soros, Bill Gates, Mark Zuckerberg e seus políticos de estimação, como Barack Obama e os Clinton, que facilitam o poder deste ascendente oligopólio por meio de técnicas básicas de subversão cultural, como ocorre atualmente nos Estados Unidos com a promoção maciça de estudos sobre gênero, clínicas de aborto e novas ondas de feminismo cada vez mais radicais, que servem como processo de eugenia disfarçado de libertação.
- russo-chinês, que dá continuidade ao projeto esquerdista tradicional, como prova o centenário Partido Comunista Chinês, que continua estabelecendo campos de concentração à la Gulags e censurando quaisquer manifestações contrárias, como em Hong Kong.
- califado islâmico, único bloco que se fundamenta no poder religioso conforme ditado no Corão e que, por meio das ondas migratórias, de conversões de jovens e de fertilidade invejável aos países ocidentais, busca passar certa imagem pacífica enquanto patrocina atentados terroristas, como os enxergados recentemente contra o Estado de Israel.
No meio destes blocos, o Brasil, como Estado, buscou aliança com as três alternativas durante estes últimos trinta anos: o elogio de Lula ao PCChinês, sua amizade com líderes palestinos e terroristas árabes e a admiração que causa em líderes esquerdistas ocidentais, como Barack Obama, são mais do que indícios: são provas cabais de onde andava o interesse do Brasil até 2018, no que diz respeito à política internacional.
Ingenuamente, pode-se acreditar que tais alianças foram pontuais e visavam apenas o bem-estar do próprio brasileiro. Basta uma rápida pesquisa para notar que o Foro de São Paulo, criado exatamente no início dos anos 1990, quando o comunismo internacional perdia força na Europa e migrava-se para os países latinos com Fidel Castro, transformou não só o Brasil como a América Latina inteira no principal centro da esquerda mundial, com Nicolás Maduro, Evo Morales, Lula, Dilma e os Kirchner da Argentina.
Assim, o Brasil financiou inúmeras obras em diversos países - todos comunistas - durante o governo petista. De modo análogo, importou médicos cubanos e buscou fortalecer a ditadura chavista na Venezuela, ficando em silêncio quanto aos desmandos no que diz respeito aos direitos humanos dos venezuelanos.
Para saber mais sobre globalismo: https://brainly.com.br/tarefa/28016944