Disciplina: Introdução a Biologia Celular e do Desenvolvimento
Teleaula: 01 ATIVIDADE 01 Leia a reportagem “Ação prolongada contra o HIV” - Pesquisa FAPESP Pesquisadores da farmacêutica norte-americana Gilead Sciences publicaram o resultado de ensaios clínicos de um novo antirretroviral com ação duradoura contra o HIV (Nature, 1º de julho). A molécula GS-6207 (lenacapavir) inibe a montagem e o desmonte do capsídeo, a estrutura que envolve o RNA viral. Um teste com 40 pessoas saudáveis que receberam uma dose por injeção subcutânea indicou que o composto é seguro, bem tolerado e permanece ativo no corpo por mais de seis meses. Outro ensaio, com 32 pacientes HIV positivos, mostrou redução na carga viral nove dias depois de uma dose AULA ATIVIDADE ALUNO Introdução a Biologia Celular e do Desenvolvimento de lenacapavir. Ao site de notícias Stat, o virologista Sumit Chanda, do Instituto de Pesquisa Médica Sanford Burnham Prebys, nos Estados Unidos, que não participou do estudo, disse temer o surgimento de resistência ao medicamento. Segundo a Gilead, o lenacapavir deverá ser usado em combinação com outros antirretrovirais. FONTE: Pesquisa FAPESP. Ação prolongada contra o HIV. Revista Fapesp: Edição 294, agosto de 2020. Disponível em . Acesso em 23 jun. 2021. Analisando as informações apresentadas no texto e os conceitos sobre vírus e replicação viral, responda: Em qual tipo de replicação o vírus HIV se enquadra? Como essa replicação acontece? Como a molécula pesquisa atua e em qual etapa do processo de replicação ela está ativa?
Respostas
Resposta:
A replicação do vírus HIV inicia pela adsorção onde a partícula viral se liga a receptores específicos na superfície da célula alvo (CD4) mediada por uma glicoproteína do envelope (como ocorre em todos os vírus envelopados), essa ligação permite a alterações conformacionais que facilitam a ligação do vírus à receptores de quimiocinas e o reconhecimento à célula. A fusão das membranas viral e do hospedeiro forma um poro que conecta o conteúdo interno do vírus ao citoplasma da célula alvo, isso permite a entrada do capsídeo viral.
Após entrada do capsídeo ocorre o desnudamento, onde reações entre componentes celulares e as proteínas virais causam a liberação do conteúdo do capsídeo para o citoplasma. Dentro do capsídeo está o RNA viral. Quando o genoma viral é liberado no citoplasma, o RNA é retrotranscrito para uma fita dupla de DNA pró-viral seguida de uma transcrição reversa, onde DNA pró-viral é ligado à proteínas formando um complexo nucleoproteico de pré-integração (PIC), esse complexo é transportado para o núcleo da célula.
Dentro da célula o conteúdo genético sofre reações que levam a integração do genoma viral no DNA celular. A partir dessa integração os genes do pró-vírus atuam como se fizessem parte do genoma do hospedeiro. Por fim, ocorre a formação de novas proteínas virais que formarão novas partículas virais a partir do RNA mensageiro produzido pelo DNA do pró-vírus. Essa fase final é definida como montagem viral.
De acordo com o texto a molécula é capaz de inibir a fase final da replicação viral, conhecida como montagem viral, não permitindo que ocorra a formação das partículas virais necessárias para a dar continuidade ao ciclo de replicação.
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