O temporal no Amazonas Passamos o dia em Ponta Alegre, aldeia dos indios Maués, banhada pelo rio Andirá. [...] Ao entardecer, saímos de canoa com motor de popa, ao rumo da Freguesia, pequenina comunidade no coração da floresta. Era tempo de cheia. Soprava de leve o vento geral. Éramos quatro a bordo. Viajávamos rente à margem abarrancada, já na metade do percurso, quando, de repente, o temporal desabou. "Este vai ser dos medonhos", disse sereno, lá na popa, onde manejava o motor, Morón, um índio meu amigo. Junto a ele, no chão da canoa, o seu filho menino, todo encolhido de frio. Lembro-me de que, antes de escurecer totalmente, do banco da frente onde eu viajava, virei-me e vi o brilho intenso dos seus olhos enormes. Era o pavor. Na proa, sem camisa, o caboclo Jari, morador da Freguesia. Enfrentamos o temporal em silêncio, solidários. A correnteza crescia, a canoa se balançava na alta crista das ondas, depois se despencava com fragor. A chuva nos vergastava por todos os lados. Houve um momento em que não vimos mais nada. Repetidas vezes a proa tocava num tronco. O baque surdo, a canoa parecia que ia virar. Morón inclinava o motor para a frente, de jeito que a hélice ficasse fora da água. só os relâmpagos ajudavam cortando o céu de um lado a outro a luz fugaz nos mostravam prova enorme um pedaço de árvore ainda com Ramos frescos já quase em cima de nós o índio ajudou e calado dizia Canoas um golpe de Leme a escuridão era tanta que ia sequer enxergava a minha mão aberta a centímetros do meu rosto mesmo assim alguns instantes tive a certeza de que o piloto conseguiu atingir dentro das trevas peça alguma coisa das águas das margens filho da floresta
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vc tem alguma foto q é melhor pra mim te ajudar?
francaelisangela12:
Oi
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Olá
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é lindo texto, mas qual é a questão?
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