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Explicação:
Rei francês nascido em St. Germain-en-Laye, Yvelines, conhecido como o Rei Sol, o maior dos reis absolutistas da França (1643-1715). Filho de Luís XIII e de Ana d'Áustria, infanta da Espanha, ainda não completara cinco anos quando subiu ao trono, após a morte do pai (1643). Antes de assumir o governo a França foi governada pelo primeiro-ministro do reino, o cardeal Jules Mazarin, que enfrentou muitos problemas mas se impôs contra as revoltas do Parlamento de Paris e dos nobres, uma longa guerra civil, conhecida como La Fronde, sufocada finalmente (1653) e garantindo a posse futura do rei.
Recebeu formação humanista orientada por Mazarin e prepará-lo para exercer o poder com sabedoria e autoridade, com a morte do cardeal, assumiu o poder (1661) um ano após o casamento com a infanta espanhola Maria Teresa d'Áustria, filha de Felipe IV da Espanha. No seu governo reorganizou o exército dando ao país o maior poderio militar da Europa. Suas ações militares no exterior iniciaram-se com a invasão dos Países Baixos espanhóis, que considerava pertencerem à esposa por direito de herança (1667). O êxito alcançado nessa guerra permitiu-lhe ditar as condições de paz à coalizão de Espanha e Áustria.
Travou guerras contra a Espanha (1701-1714), Holanda (1688-1697), Áustria (1672-1678) e Luxemburgo. Sua oposição aos protestantes, no entanto, ocasionou a aliança posterior entre Inglaterra, Países Baixos e Áustria contra a França. A nova guerra (1688-1697), terminou com a perda de territórios por parte da França pelo Tratado de Rijswijk. Em razão da perseguição aos protestantes depois da revogação do edito de Nantes (1685), muitos artistas e artesãos abandonaram a França.
Mais tarde, a guerra de sucessão espanhola (1701-1714), embora tenha lhe permitido colocar um Bourbon no trono espanhol, infligiu elevados custos humanos e econômicos ao país. Seu reinado, um dos momentos culminantes da história da França, durou mais de 50 anos, destacou-se politicamente pelo absolutismo monárquico, onde o rei controlou até os detalhes mais insignificantes do governo, e pela posição hegemônica a que elevou seu país na Europa. Deu incentivos às atividades culturais, pois considerou o incentivo às artes assunto de estado, e protegeu os dois maiores autores clássicos da literatura francesa, Racine e Molière.
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As principais cidades do reino passaram por uma metamorfose, criaram-se imensos jardins, embelezaram-se algumas paisagens naturais e levantaram-se monumentos por toda parte. Reativou a economia da nação com o precioso auxílio do ministro Jean-Baptiste Colbert, de acordo com as concepções mercantilistas e multiplicado as exportações francesas. Criou uma marinha mercante, além de fábricas, estradas, pontes, portos e canais, vias de circulação de uma riqueza cada vez maior.
Construiu o imponente e luxuoso Palácio de Versalhes, perto de Paris, onde viveu a corte francesa. Príncipe caprichoso, apreciava a etiqueta, festas e belas mulheres. Manteve duas amantes e sempre manifestou seu desejo de governar sozinho. A ele se atribui a frase "L'État c'est moi" (O Estado sou eu). Fundou a Academia de Ciências de Paris, cujos membros eram pagos para produzir ciências, principalmente, para geração de inovações tecnológicas e científicas que tivessem aplicação na área militar. Faleceu em Versailles como um símbolo da monarquia absolutista.