• Matéria: Filosofia
  • Autor: biaa4530
  • Perguntado 3 anos atrás

4 - “Não se trata de ser a favor do aborto. Ninguém é. O aborto é sempre a última saída para uma gravidez indesejada. É uma escolha dramática para a mulher que engravida e se vê sem condições, psíquicas ou materiais, de assumir a maternidade. Se nenhuma mulher passa impune por uma decisão dessas, a culpa e a dor que ela sente são agravadas pela ilegalidade, a maldade dos moralistas e a incompreensão geral. Sendo ainda pior o fato da maternidade ser obrigatória, e não um direito, pois que a mulher não tem o direito de desistir. O ponto, então, não é ser só a favor da descriminalização do aborto, é também considerarmos o direito da mulher sobre seu próprio corpo, mesmo que a gravidez não seja só engendrada por ela, e assim perguntarmos: cadê esses homens que abandonam as mulheres grávidas? Devemos lembrar que há muitos anos tramita no congresso nacional uma lei que criminaliza e pune o pai que abandona a mulher grávida, projeto parado e que não passa!
Talvez esta seja uma condenação à recente liberdade sexual das mulheres. Eis a face cruel da criminalização do aborto: trata-se de fazer, do filho, o castigo da mãe pecadora. A liberdade sexual da mulher é também punida pela maternidade obrigatória e indesejada por ela querer gozar. Cai a máscara que escondia a repulsa ao sexo: não se está brigando em defesa da vida, em defesa da liberdade e educação sexual, ou em defesa da dignidade humana, tampouco da vida da mãe, ou da vida do novo ser”. Este tema envolve as relações de poder. Maria Rita Kehl, Repulsa ao sexo (com grifos).
A partir do texto acima, e da defesa moral do aborto da Cinara Nahra, analise as seguintes questões:

I – A maternidade no Brasil não é um direito porque a mulher não tem direito de desistir. ( )
II – Os homens não tem o direito a opinar na gravidez. ( )
III – A criminalização do aborto não é uma punição ao direito de ter prazer da mulher. ( )
IV – O embrião/feto não é um projeto de si mesmo porque não se distingue do projeto de quem o gera. ( )
V – A ilegalidade do aborto denota o direito da mulher sobre seu próprio corpo. ( )
VI – A ilegalidade do aborto demonstra, antes de tudo, relação de poder, e não uma preocupação legítima com a saúde, com o bem-estar, ou a autodeterminação e a educação sexual da mulher. ( )

Qual das alternativas está correta?
A). Somente V, III e I. B). Somente a IV, I, III.
C). Somente a IV, I, e VI. D). Somente a I, II, e V.

5 - A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. Foucault inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é

A) Combater ações violentas na guerra entre as nações.
B) Coagir e servir para refrear a agressividade humana.
C) Criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
D) Organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.

6 - Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória. NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
A) racionalidade científica. B) determinismo biológico.
C) domínio da contingência. D) consciência da existência.

Respostas

respondido por: laeciosilvademenezes
0

isso é super difícil é muitas questões

???????

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